Nos últimos dias, algumas manchetes alarmistas surgiram afirmando que o asfalto recém-feito pela prefeitura de Vitória da Conquista estaria “desmanchando” devido à chuva. Contudo, antes que esse rumor ganhe proporções maiores e gere uma percepção errônea sobre o trabalho da gestão municipal, é essencial esclarecer o que de fato aconteceu. O problema registrado no bairro Cidade Maravilhosa não tem absolutamente nenhuma relação com a qualidade do asfalto, e sim com um incidente envolvendo os canos da EMBASA, empresa administrada pelo governo da Bahia.
Há duas questões centrais que merecem destaque aqui: a origem real do problema e o papel da imprensa em apurar corretamente os fatos antes de divulgá-los. Primeiro, é preciso reforçar que a manutenção da rede de abastecimento de água e esgoto é de responsabilidade da EMBASA. O ocorrido, que gerou alagamento e transtornos na área, foi causado por falhas no sistema de distribuição de água, e não por qualquer deficiência no trabalho realizado pela prefeitura no recapeamento das vias.
O que nos intriga e nos preocupa é a forma como a informação foi divulgada por parte de alguns veículos de imprensa. Não sabemos se houve uma falha genuína na checagem dos fatos ou se há uma intenção deliberada de prejudicar a administração municipal. De qualquer maneira, o resultado é o mesmo: uma desinformação que distorce a realidade e, pior, lança uma falsa acusação contra um trabalho que vem sendo bem executado em prol da cidade.
Essa situação nos leva a refletir sobre a responsabilidade jornalística. A imprensa, como um dos pilares da democracia, tem a missão de informar com precisão e isenção, garantindo que a população receba uma versão fiel dos acontecimentos. Quando um veículo de comunicação erra, seja por falta de apuração rigorosa ou por pressa em publicar a notícia, o dano é profundo e pode enfraquecer a confiança que a sociedade deposita na mídia.
Neste caso específico, a comunidade do bairro Cidade Maravilhosa foi rápida em desmentir a falsa narrativa que circulava. Moradores locais, testemunhas diretas dos acontecimentos, foram claros em afirmar que o problema decorreu de um vazamento de água e que o asfalto não foi o culpado. Isso evidencia que, antes de publicar algo com tanto impacto, seria prudente que os responsáveis pela notícia tivessem ouvido as partes envolvidas, incluindo a população local e, claro, os técnicos da EMBASA e da prefeitura.
Ademais, há um erro geográfico na notícia original: o incidente não ocorreu no bairro Bateias 2, como noticiado, mas sim no Cidade Maravilhosa. Outro detalhe que demonstra a superficialidade da apuração.
O fato é que esta notícia, da forma como foi veiculada, se qualifica como fake news. A propagação desse tipo de desinformação pode não apenas prejudicar a imagem de uma gestão pública que tem se esforçado para melhorar a infraestrutura da cidade, mas também gerar desconfiança e insatisfação desnecessária entre os cidadãos. Isso é algo que todos — inclusive a imprensa — devem evitar.
Aos veículos que publicaram a informação incorreta, cabe a responsabilidade de corrigir o erro com a mesma visibilidade com que o divulgaram. Assim, se garantirá a manutenção da confiança entre o público e aqueles que têm o dever de informar.
Vivemos tempos de desinformação constante, e é imprescindível que os meios de comunicação se comprometam com a verdade. O trabalho da prefeitura na pavimentação das ruas, sobretudo nas áreas que tradicionalmente foram negligenciadas, merece ser reconhecido pelo que é: uma ação de compromisso com a qualidade de vida dos conquistenses. Por isso, reitero a importância de que aqueles que divulgaram a falsa notícia façam as devidas correções e respeitem a verdade dos fatos. O bom jornalismo é aquele que se revê e se corrige, mantendo-se fiel à sua missão de bem informar.