No coração da Igreja, a ordenação de um diácono é um momento de profunda reflexão sobre o chamado ao serviço divino. A história de José Dias do Nascimento, ordenado em 30 de abril de 1994, é um testemunho da busca incessante pela vontade de Deus e do compromisso com os ensinamentos de Cristo, especialmente no que tange ao amor e à caridade.
A partida de Dom Climério, um líder espiritual, desencadeou em Zé Dias um processo de discernimento que culminou em sua decisão de abandonar o seminário. Este momento de introspecção é crucial na vida de qualquer seminarista, pois é quando o chamado interno é confrontado com as realidades do mundo e da própria fé.
Aqueles que prosseguiram, alguns tornando-se arcebispos em grandes cidades do Brasil, seguiram seus caminhos, mas a jornada de Zé Dias tomou uma direção singular. Sua ordenação não foi apenas um rito de passagem, mas a afirmação de um compromisso vitalício com os mais vulneráveis, um eco do mandamento cristão de amar ao próximo como a si mesmo.
O ministério diaconal de José Dias é um lembrete de que a Igreja não é apenas uma instituição de dogmas e rituais, mas uma comunidade viva de fé em ação. O diácono, como ministro da Caridade, da Palavra e da Liturgia, é chamado a ser as mãos e os pés de Cristo na Terra, estendendo a mão aos pobres e acolhendo a fraqueza humana com misericórdia.
Ao refletirmos sobre os 30 anos de serviço diaconal de José Dias, somos convidados a considerar o impacto de uma vida dedicada ao evangelho. Seu apostolado, centrado na misericórdia e na compaixão, é um modelo para todos nós, independentemente de nossa fé ou vocação.
Rezemos, portanto, pelo ministério de José Dias e por todos aqueles que, como ele, são guiados por um propósito divino. Que o Bom Deus continue a conduzi-lo à perfeição de seu chamado, e que sua jornada inspire outros a seguir o caminho do serviço altruísta.
Conclusão
A história de Zé Dias é um convite à reflexão sobre nossa própria jornada espiritual. Ela nos questiona: estamos atentos ao chamado para servir? Estamos dispostos a acolher a miséria alheia com a mesma misericórdia que esperamos para nós? Que a vida de José Dias do Nascimento seja uma luz que nos guie na busca por um propósito maior, marcado pelo amor e pela entrega ao próximo.
Padre Carlos