A pouco menos de um ano da eleição que vai definir os rumos de Vitória da Conquista pelos próximos quatro anos – com a escolha do próximo prefeito ou prefeita do nosso município, é natural que haja um clima de ansiedade e até preocupação em relação ao futuro.
De todo modo, a esta altura do período pré-eleitoral, é preciso ter calma para não se deixar levar por resultados de pesquisas ou atitudes voluntaristas que em nada contribuem para o bom andamento do processo democrático.
Tenho reiterado que o principal compromisso da atual prefeita é trabalhar pela construção da unidade das forças de centro e de direita, sobretudo para alinha suas forças para a polarização que vai se formar entre os extremos do espectro político nas eleições de 2024.
De um lado, a esquerda representada pelo dep. Waldenor Pereira; de outro, uma direita democratica e todo o peojeto concervador que deu dois mandatos ao saudoso prefeito Herzem Gusmão, personificada na atual prefeita Sheila Lemos.
Acredito que os dois tem compromisso com a democracia, a independência entre os Poderes, a liberdade de imprensa e o bom funcionamento das instituições.
Em uma quadra tão tumultuada da vida política e diante da possibilidade concreta de que se configure tal disjuntiva, é importante ter a consciência de que lançar candidaturas à Prefeitura de Vitória da Conquista sem que haja maior preocupação a respeito de sua viabilidade eleitoral ou do acolhimento que teriam junto às outras forças políticas e à sociedade é, sim, um equívoco.
Até porque, depois de apresentado um candidato com essas condicionantes em uma disputa municipal, retirá-lo posteriormente do páreo nunca é uma tarefa simples. Isso pode gerar graves consequências e, via de regra, deixa um profundo impacto até no relacionamento entre os militantes dos próprios partidos. É preciso ter cuidado e evitar atropelos.Nesse sentido, é evidente que as pesquisas de intenção de voto divulgadas a um ano das eleições pouco ou nada dizem de significativo. Tais sondagens revelam pura e simplesmente a fotografia de um momento ainda incipiente do cenário político e eleitoral, que muito provavelmente terá pouquíssima verossimilhança com o que se apresentará durante a campanha. Esses levantamentos, hoje, trazem apenas o chamado “recall” de eleições anteriores e representam muito mais o nível de conhecimento dos candidatos.

Ainda não se sabe ao certo qual é o mote que presidirá a próxima eleição – se a busca pelo “novo” ou a reafirmação das estruturas partidárias mais tradicionais – e, nesse aspecto, é evidente que as pesquisas podem ser um bom indicativo a orientar os agentes políticos e a sociedade. Mas este é um dado pontual, isolado, que não reúne todos os elementos necessários para que corresponda fidedignamente ao quadro global mais abrangente.
Se observarmos com atenção o que ocorreu nas últimas eleições municipais em todo o país, será possível encontrar inúmeros exemplos de pesquisas que não decifraram com precisão o cenário que se desenhava. Os institutos foram duramente criticados por uma quantidade expressiva de erros em seus levantamentos, quando comparados aos resultados revelados pela apuração final.
Em meio a tantas indefinições, é forçoso reconhecer que 2024 está próximo e, ao mesmo tempo, muito longe. Há inúmeras variáveis em jogo que ainda não se manifestaram. As obras do FENISA III segue firme no seu processo de retomada, o que indica que o governo exercerá certo protagonismo no pleito, ao contrário do que alguns previam.
Independentemente do que venha a acontecer, o mais importante para prefeita, é unir todas as forças do centro e da direita em torno de uma candidatura competitiva, representativa de um projeto de cidade e de um programa de governo.
Sabemos que os jornalistas e os políticos são ansiosos por natureza. Agora, todos nós devemos ter tranquilidade e trabalhar pensando mais em Vitória da Conquista do que em nossos próprios interesses. Sábio, o povo fará suas escolhas no momento oportuno. Essa hora ainda não chegou.
Há uma longa estrada para 2024. Tanto melhor se caminharmos nela com calma, prudência e responsabilidade.