A região sudoeste da Bahia está à beira de uma crise hídrica. A Barragem de Água Fria 2, responsável pelo abastecimento de cidades como Vitória da Conquista e Belo Campo, opera com preocupantes 83% de sua capacidade, e o cenário de seca severa, com mais de 100 dias sem chuvas, faz acender o alerta em toda a região.
Com 5,2 bilhões de litros disponíveis, a barragem ainda parece longe de um colapso, mas o gerente regional da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Manoel Marques, adverte para o uso racional da água. “É preciso usar com sabedoria nesses dias quentes, não podemos relaxar”, afirmou. O apelo ao uso consciente é reforçado pela falta de previsão de chuvas que possa aliviar a situação.
Enquanto isso, a Embasa tenta manter o abastecimento de 60 milhões de litros por dia para Vitória da Conquista, contando com o suporte das barragens de Catolé e Gaviãozinho. No entanto, sem chuvas no horizonte, a sustentabilidade desse fornecimento torna-se uma incógnita.
A estiagem prolongada não afeta apenas Conquista. Em Guanambi, o reservatório de Ceraíma está com 68,4% de sua capacidade, o que representa 161 dias sem chuva. Esse cenário não é apenas um problema regional, mas uma advertência de que as mudanças climáticas estão impactando diretamente a segurança hídrica.
O que parecia distante para a população está mais próximo do que nunca: sem chuvas, até o que restou nas barragens pode desaparecer em breve.
Agora, mais do que nunca, economizar água não é uma escolha — é uma necessidade urgente!