Em uma ação de impacto que deixou os corredores do Conjunto Penal de Jequié em alerta, a Operação Aláfia desencadeou, neste sábado (2), uma intensa revista no módulo de vivência do “Presídio 1”, resultando na apreensão de 14 celulares, carregadores, chips e cabos de energia. Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), a operação busca cortar pela raiz o uso de dispositivos que alimentam redes criminosas, com o objetivo de reduzir os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) na região.
A operação, de caráter ostensivo, conta com a colaboração da Superintendência de Gestão Prisional (SGP) e a Diretoria de Segurança Prisional (DSP), além do reforço de equipes especializadas do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP) e da Central de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (CMEP). Ações conjuntas com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), as Polícias Civil e Militar, e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) compõem a frente de combate à comunicação e organização criminosa dentro das unidades prisionais.
Os itens apreendidos serão submetidos a uma triagem rigorosa pelos setores de inteligência da Seap, em conjunto com o MP e o DPT, com investigações já em andamento para identificar responsáveis pela posse e pelos métodos de entrada dos materiais na penitenciária. As autoridades esperam que a operação, ao inibir o uso de celulares entre detentos, diminua os índices de violência na cidade de Jequié, onde a articulação de crimes a partir das prisões tem sido um desafio crescente para a segurança pública.
Essa ofensiva é parte de um movimento mais amplo do governo para intensificar o monitoramento e reduzir o poder de influência de facções criminosas que, mesmo dentro dos presídios, se comunicam com o mundo externo e, muitas vezes, coordenam atividades ilícitas.