A presença de Dom Zanoni, representando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na COP29, é um marco relevante para a igreja e a sociedade brasileira. Este encontro, que transcende discussões políticas e econômicas, traz a espiritualidade ao centro das questões ambientais e sociais. Ao se dirigir à Cúpula Global de Líderes Religiosos, Dom Zanoni ecoa o apelo do Papa Francisco na Laudato Si’, que nos lembra da profunda interconexão entre a preservação da natureza e a dignidade humana, especialmente dos mais vulneráveis.
Ao longo dos anos, os líderes religiosos, incluindo Dom Zanoni, têm sido vozes indispensáveis na luta por justiça ambiental e social. Inspirado pelos princípios cristãos e também pelo conceito islâmico de Al Mizan, que prega o equilíbrio e a harmonia no mundo, Dom Zanoni reforça a noção de que o cuidado com o planeta é, em essência, um mandamento espiritual. A missão é complexa e urgente, pois enfrentamos uma degradação ecológica que agrava a desigualdade social e a pobreza, ampliando o sofrimento daqueles que já são marginalizados.
A COP29 se torna, assim, uma arena onde a fé se manifesta em ações concretas. A mensagem de Dom Zanoni é clara: precisamos de uma “conversão ecológica” coletiva, que envolva não apenas compromissos governamentais, mas também uma mudança de estilo de vida. Os líderes religiosos têm a responsabilidade de promover essa consciência entre os fiéis, levando-os a agir em prol de um mundo mais justo e sustentável.
Essa postura da igreja brasileira, liderada por Dom Zanoni, evidencia que a espiritualidade não pode se distanciar das questões ambientais. Que essa cúpula seja, como ele sugere, um ponto de união, onde fé e ciência andem juntas, reforçando nosso compromisso com a paz, com a justiça e com um planeta saudável para as próximas gerações.