Na manhã desta quinta-feira (14), um ambulante de 29 anos foi preso em Vitória da Conquista, em uma operação da Polícia Militar que tomou rumos intensos no centro da cidade. Segundo a 77ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), o homem foi detido por desobediência, desacato e resistência, em uma ação que atraiu a atenção de pedestres e gerou tensões com outros ambulantes e familiares presentes.
A confusão começou durante uma fiscalização da Coordenação de Posturas do município, que, acompanhada pela PM, visava cumprir a Lei Municipal de ordenamento do comércio de ambulantes nas ruas da cidade. O objetivo era garantir o uso regular do espaço público e manter a organização das vias, evitando a ocupação irregular com carrinhos ambulantes.
No entanto, a operação logo saiu de controle. Conforme relatado pela PM, alguns vendedores, em protesto, viraram seus carrinhos, derrubando frutas e mercadorias no chão. Entre eles, o ambulante em questão se exaltou, jogando os produtos ao solo e se debatendo sobre o próprio carrinho enquanto se recusava a acatar as ordens das autoridades municipais e policiais. Ele ainda teria incentivado outros vendedores e pedestres a confrontarem os agentes, inflamando a população e causando alvoroço.
Diante do tumulto, os policiais precisaram agir rapidamente para contê-lo, mas, ao ser abordado, o ambulante resistiu e desacatou os policiais, o que resultou na sua prisão. A situação continuou a escalar quando amigos e familiares do vendedor tentaram interferir, incitando a multidão a intervir. A Polícia Militar precisou chamar reforço para evitar maiores confrontos e garantir a segurança dos agentes e da população.
Conduzido ao Distrito Integrado de Segurança Pública (DISEP), o ambulante, que já possuía antecedentes criminais, foi autuado e a ocorrência foi registrada com todos os envolvidos.
Esse episódio revela a complexidade das operações de fiscalização em espaços públicos em Vitória da Conquista, especialmente em um contexto onde a economia informal representa um meio de sobrevivência para muitas famílias. Contudo, as cenas de confronto e a resistência ao cumprimento das leis de ordenamento trouxeram à tona o desafio de equilibrar a manutenção da ordem pública com o direito ao trabalho.