Na pacata comunidade de Lagoa da Pedra, em Guanambi, uma tragédia abalou os moradores na última terça-feira (14). Um idoso de 82 anos perdeu a vida ao cair em uma cisterna de 15 metros de profundidade enquanto tentava retirar água para os animais de sua propriedade. O acidente, ocorrido por volta das 14h, expõe uma realidade perigosa enfrentada por muitos agricultores que dependem de métodos manuais para acesso à água.
Segundo o 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o incidente mobilizou diversas equipes de socorro. O Corpo de Bombeiros foi acionado e, após horas de trabalho, conseguiu resgatar o corpo da vítima às 18h. O local foi devidamente isolado até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que realizou a perícia e encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal (IML) de Guanambi.
Falta de Infraestrutura Amplia os Riscos
Casos como este, infelizmente, não são isolados em áreas rurais. A ausência de infraestrutura básica e sistemas de abastecimento de água adequados faz com que muitos moradores ainda dependam de cisternas e poços artesianos, expondo-se diariamente a riscos semelhantes. Em regiões com longa estiagem, essas estruturas tornam-se essenciais, mas sem a manutenção e proteção corretas, podem se transformar em armadilhas fatais.
Comunidade em Luto e Pedido de Medidas de Segurança
O idoso, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades, era bastante conhecido e querido na região. A notícia de sua morte gerou comoção entre os moradores, que agora pedem maior atenção das autoridades para garantir segurança no uso de cisternas. Entre as reivindicações, estão a instalação de proteções nas bocas dos poços e a oferta de treinamentos sobre práticas seguras para manejo da água.
Alerta para Evitar Novas Tragédias
A tragédia acende um alerta para a necessidade de políticas públicas que ampliem o acesso seguro à água nas zonas rurais. Enquanto isso não acontece, o risco continua, e histórias como a deste idoso podem se repetir. A comunidade de Lagoa da Pedra permanece abalada e aguarda providências para evitar que mais famílias sejam vítimas de tragédias evitáveis.
Este caso reforça a urgência de se olhar com mais atenção para o Brasil rural, onde a luta pela sobrevivência no campo, muitas vezes, cobra um preço alto demais.
