(Padre Carlos)
O ministro da Casa Civil celebrou nas redes sociais a homologação do acordo entre o Ministério dos Transportes e o Tribunal de Contas da União (TCU) para a retirada da Via Bahia da BR-324 e da BR-116. Com certeza, ministro, essa alegria é compartilhada por todo o povo baiano, que há anos sofre com uma concessionária que não cumpriu o que prometeu e entregou um serviço de péssima qualidade. Mas agora, diante dessa mudança, surge uma pergunta fundamental: e os compromissos firmados com a Bahia sobre a duplicação da BR-116?
O ministro garantiu que já conversou com Renan Filho, titular dos Transportes, e que a nova licitação será publicada em breve para escolher um novo concessionário. No entanto, o próprio governo reconhece que esse é um processo demorado. E enquanto isso, como fica a segurança e a trafegabilidade das rodovias?
O DNIT foi designado para assumir a manutenção emergencial. Mas, sejamos francos: todos sabemos como o DNIT cuida das estradas. Quantos anos os baianos sofreram com buracos, falta de sinalização e obras intermináveis? Não sofremos de amnésia! O histórico do órgão não inspira confiança, e agora nos pedem paciência mais uma vez.
A saída da Via Bahia é um passo importante, mas não basta. O verdadeiro problema sempre foi a falta de investimento e a lentidão nas obras de duplicação da BR-116. Essa rodovia é um corredor vital para o país e um pesadelo para quem nela trafega. O ministro disse que o novo processo será acelerado, mas a urgência não pode ser apenas discurso. Precisamos de ação concreta, prazos firmes e transparência sobre o andamento das licitações e das futuras obras.
Então, pergunto novamente: a quem o povo baiano deve recorrer para que a duplicação aconteça de fato? Não podemos mais ser vítimas de promessas vazias enquanto vidas são perdidas nas estradas. O governo federal deve garantir que essa transição não seja apenas uma troca de nomes na administração da rodovia, mas sim um compromisso real com melhorias efetivas. O povo da Bahia não pode mais esperar!