O recente salto de Luís Eduardo Magalhães para o 5° maior PIB da Bahia, conforme destacado pelo Correio da Bahia, não é apenas um indicador de crescimento, mas uma janela para uma reflexão essencial sobre os rumos da economia baiana. Em um contexto onde os números frequentemente obscurecem a verdadeira essência do desenvolvimento, é crucial desvendar as nuances por trás das cifras e direcionar o foco para a sustentabilidade e resiliência econômica.
Ao observarmos as 10 primeiras cidades da Bahia, é evidente que Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista se destacam não apenas por seus PIBs imponentes, mas pela notável sustentabilidade ambiental que permeia suas atividades econômicas. Entretanto, a ascensão de Luís Eduardo Magalhães traz à tona considerações pertinentes sobre a diversidade econômica do estado.
Salvador, ancorada em seu polo industrial, mantém uma presença robusta no setor químico do PIB, enquanto outras cidades baianas estão presas a atividades poluentes, como o agronegócio, a mineração e a indústria química. Nesse contexto, Vitória da Conquista emerge como um oásis de sustentabilidade entre Feira de Santana e Salvador.
Apesar de ocupar numericamente a sexta posição, Conquista vai além dos números e revela a verdadeira essência de seu crescimento econômico. A cidade destaca-se pela autenticidade de um crescimento autóctone, forjado pela comunidade local e imune às vulnerabilidades de intempéries ou flutuações sazonais.
Ao abordar a sustentabilidade, é crucial compreender que ela deve ser ambiental, regional e social. Elevando esses critérios, Vitória da Conquista se posiciona não apenas como um município sustentável, mas como líder, ostentando o primeiro lugar em sustentabilidade na Bahia. O contraste com outras cidades, cujas práticas elevam a desigualdade ao extremo, destaca a singularidade do modelo conquistense.
O agronegócio, presente em Conquista, ilustra como é possível gerar renda e ocupação sem comprometer o meio ambiente. Em contrapartida, atividades como a indústria química e a mineração, predominantes em outras regiões, contribuem para a degradação dos recursos naturais e comprometem o legado das próximas gerações.
A liderança de Conquista e Feira de Santana em sustentabilidade econômica transcende a classificação numérica. Enquanto algumas cidades buscam crescimento a qualquer custo, comprometendo a saúde ambiental, esses dois municípios consolidam uma trajetória de desenvolvimento enraizado na preservação e no respeito ao seu próprio tecido econômico.
Portanto, ao considerarmos o progresso econômico na Bahia, é imperativo compreender que o verdadeiro valor vai além dos números frios do PIB. Conquista e Feira de Santana lideram não apenas em cifras, mas na construção de um futuro onde o desenvolvimento se entrelaça harmoniosamente com a preservação ambiental, indicando um caminho inspirador para todo o estado.
Quando falamos de sustentabilidade, é essencial reconhecer que esse caminho é lento e gradual. Premiemos, portanto, não apenas o crescimento rápido, mas o desenvolvimento sustentável que busca a equidade social e a preservação ambiental como pilares de uma economia que busca prosperar com responsabilidade.
Padre Carlos e Wilton Cunha