Política e Resenha

Papa Francisco sofre nova crise respiratória e segue com prognóstico reservado

 

 

O Papa Francisco, de 88 anos, enfrentou nesta segunda-feira (3) dois episódios de insuficiência respiratória aguda, conforme informado pelo Vaticano em um boletim divulgado às 15h (horário local). O pontífice, que está internado há 18 dias no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia bilateral, continua sob observação médica, com o estado de saúde classificado como reservado.

Segundo o comunicado oficial, a crise foi desencadeada por um acúmulo significativo de muco endobrônquico, resultando em broncoespasmo – uma contração anormal dos brônquios, que dificulta a passagem do ar para os pulmões. Para tratar a complicação, Francisco passou por duas broncoscopias, nas quais foi necessária a aspiração de secreções abundantes.

Ainda na tarde desta segunda-feira, os médicos decidiram retomar a ventilação mecânica não invasiva para auxiliar a respiração do Papa. Apesar da gravidade do quadro, a Santa Sé informou que o pontífice permaneceu orientado e colaborativo durante todo o processo.

Nova recaída aumenta preocupação

Os problemas respiratórios do Papa já haviam gerado alerta na última sexta-feira (28), quando ele sofreu uma crise de broncoespasmo pouco depois de uma fonte do Vaticano anunciar que ele havia saído do estado crítico. No entanto, o quadro voltou a se agravar, exigindo novas intervenções médicas.

Na noite de domingo (2), um boletim indicava que Francisco havia dormido bem e que sua condição era estável, mas o prognóstico permanecia cauteloso. A internação, que inicialmente seria para tratar uma bronquite, evoluiu para um quadro mais sério de pneumonia bilateral, aumentando as preocupações em torno da saúde do líder da Igreja Católica.

Papa Francisco e os desafios da saúde

Desde o início de seu pontificado, em 2013, o Papa Francisco tem enfrentado uma série de problemas de saúde. Em 2021, passou por uma cirurgia no cólon. Em 2023, foi internado diversas vezes devido a infecções respiratórias e realizou um procedimento para tratar uma hérnia abdominal. Nos últimos meses, sua mobilidade também tem sido limitada, obrigando-o a utilizar cadeira de rodas frequentemente.

A internação prolongada do pontífice levanta dúvidas sobre sua capacidade de seguir à frente da Igreja Católica, especialmente diante das exigências do cargo. No entanto, mesmo diante das dificuldades, Francisco tem mantido uma agenda reduzida e segue se comunicando com assessores e fiéis.

O mundo católico acompanha com apreensão a evolução do quadro do Papa, que segue sob cuidados intensivos da equipe médica do hospital Gemelli. O Vaticano deve divulgar novas atualizações ao longo dos próximos dias.