Estamos entrando em um período significativo para a Igreja Católica Apostólica Romana: a Quaresma. Durante 40 dias, somos convidados a silenciar o exterior e buscar dentro de nós mesmos as mudanças necessárias para uma vida mais plena e alinhada com os ensinamentos de Cristo. Esse tempo de introspecção nos oferece a oportunidade de refletir sobre nossas ações, atitudes e o que precisamos fazer de diferente em nossa jornada.
Recentemente, tive a oportunidade de passar quase 20 dias em silêncio interior. Esse retiro me permitiu observar o agir sobrenatural de Deus em nossas vidas. Muitas vezes, não compreendemos plenamente o que Ele deseja de nós, mas uma coisa é certa: nada que Deus prepara é em vão. Tudo é misericórdia. O nome do Filho de Deus é misericórdia; o nome de Jesus é misericórdia.
Neste período quaresmal, desejo a todos que vivem essa experiência muita luz, perseverança e bênçãos. Que o Espírito Santo possa conceder discernimento para que possamos aproveitar plenamente este momento de reflexão e renovação espiritual.
Durante esses dias silenciosos, uma pergunta ressoou profundamente em meu coração: “Quantas vezes devo perdoar meu irmão?” A resposta veio clara: “Até 70 vezes 7.” Este número, símbolo da perfeição, nos lembra da importância do perdão. Reconheço todos aqueles que ofendi e peço perdão; por outro lado, perdoo todos aqueles que me ofenderam. Este é um passo fundamental para minha liberdade espiritual, pois tenho um Deus que me rege e governa.
O perdão é um dos momentos mais altos da nossa vida espiritual. Ao perdoar, encontramos leveza em nosso ser e permitimos que a paz de Deus habite em nossos corações. É essencial invocar a intercessão dos anjos do céu durante essa jornada. Peço a São Miguel Arcanjo, que veio trazer paz e derrotar os males que nos cercam; São Rafael, o arcanjo da cura, para que traga alívio às nossas enfermidades físicas e espirituais; e São Gabriel, o arcanjo da anunciação, que sempre nos traga boas novas.
Neste período quaresmal, desejo luz não apenas aos católicos, mas também àqueles que seguem outras tradições religiosas. Que todos possam receber as misericórdias que vêm do alto, pois Deus é um só. Como bem disse o Padre Zezinho: oramos diferente e falamos diferente, mas no fundo, somos iguais; buscamos o mesmo Deus e o mesmo Pai.
Que este tempo sagrado nos aproxime mais do amor divino e nos inspire a viver com mais bondade e compaixão.
Lucas Batista