A política brasileira, com suas quase quatro décadas de história recente, tem sido marcada por uma crescente polarização entre conservadores e progressistas. Esta divisão, longe de ser uma mera disputa ideológica, tem se manifestado de forma cada vez mais acirrada, afetando não apenas o ambiente político, mas também a convivência social. A recente troca de farpas entre dois vereadores, cada um defendendo ardorosamente suas posições, é um exemplo claro de como o país está partido ao meio.
Não é meu objetivo aqui defender um lado ou outro. Como observador atento e participante deste cenário há muitos anos, vejo com preocupação o rumo que essa polarização está tomando. A divisão não se limita apenas às discussões no plenário; ela se infiltra nas conversas de família, nos grupos de amigos e nas redes sociais, criando um ambiente de hostilidade e intolerância.
Os conservadores, com suas propostas de manutenção das tradições e valores estabelecidos, encontram resistência nos progressistas, que advogam por mudanças e reformas que, segundo eles, são necessárias para o avanço da sociedade. Ambos os lados têm argumentos válidos e, em um cenário ideal, deveriam encontrar pontos de convergência para o bem comum. No entanto, o que vemos é uma luta constante, onde cada lado tenta impor sua visão de mundo, sem espaço para o diálogo e a negociação.
Essa polarização tem consequências graves. A convivência se torna insuportável quando não há respeito pelas diferenças de opinião. O debate saudável, essencial para a democracia, dá lugar a ataques pessoais e à desinformação. A confiança nas instituições é abalada, e a sociedade se fragmenta ainda mais.
É urgente que reflitamos sobre essa situação. Precisamos encontrar maneiras de superar essa divisão e promover um ambiente de respeito e tolerância. A política deve ser um espaço de construção coletiva, onde diferentes visões possam coexistir e contribuir para o desenvolvimento do país.
Não podemos permitir que a polarização continue a dominar o cenário político brasileiro. É hora de buscar o entendimento e a colaboração, deixando de lado as diferenças ideológicas em prol de um futuro melhor para todos. Afinal, somos um só povo, com um só destino, e cabe a nós, cidadãos e políticos, construir um Brasil mais unido e harmonioso.