Política e Resenha

Desafios e Responsabilidades no Complexo Hospitalar de Vitória da Conquista: Uma Reflexão Necessária

 

 

O Complexo Hospitalar de Vitória da Conquista (CHVC), gestor da UPA e do Hospital de Base, recentemente divulgou uma nota esclarecedora sobre a preocupante superlotação na Unidade de Pronto Atendimento, ocorrida na última segunda-feira (18). Em um período de 12 horas, foram realizados impressionantes 232 atendimentos, destacando-se que a maioria dos pacientes foi classificada como “Verde” no Protocolo de Manchester, indicando menor gravidade.
É intrigante observar que a direção do CHVC atribui a superlotação à falta de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, responsabilidade da administração municipal. Essa responsabilização levanta questionamentos sobre a eficácia do sistema de saúde local e destaca a necessidade urgente de ações coordenadas entre o complexo hospitalar e a prefeitura.
É relevante mencionar que durante o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) na cidade, o hospital não expressava publicamente preocupações desse tipo. Isso suscita reflexões sobre a gestão anterior e sobre como as condições atuais talvez sejam um reflexo das mudanças políticas e estratégias implementadas.
Os corredores do Hospital de Base, em tempos passados, eram tema constante na mídia local, sugerindo uma longa história de desafios enfrentados pela instituição. Além da superlotação, surge a preocupação adicional com o tratamento e a assistência aos pacientes. A experiência do cidadão no ambiente hospitalar deve ser uma prioridade, e relatos de tratamento inadequado apontam para uma possível lacuna na qualidade do atendimento.
É crucial perceber que a relação entre atendimento, superlotação e questões políticas é complexa. A falta de recursos, infraestrutura e uma abordagem coordenada entre órgãos governamentais podem contribuir para o cenário desafiador enfrentado pelo CHVC.
Neste contexto, destaca-se a necessidade imperativa de mais Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). É um clamor por investimentos contínuos em saúde, não apenas por parte da prefeitura, mas também por meio da colaboração entre deputados, governadores e demais instâncias do poder público. A atenção à saúde pública é uma responsabilidade compartilhada que transcende linhas partidárias e exige ações efetivas.
Em conclusão, a superlotação no CHVC não é apenas uma questão numérica, mas sim um reflexo de desafios mais amplos no sistema de saúde local. A busca por soluções deve envolver uma análise crítica da gestão, um compromisso renovado com a qualidade do atendimento e a implementação de medidas que visem fortalecer a infraestrutura de saúde da região. A saúde pública é um direito fundamental, e sua garantia requer esforços conjuntos e comprometidos de todos os envolvidos.