Política e Resenha

ATACADISTAS TRAVAM AVENIDAS E A PACIÊNCIA DO POVO EM CONQUISTA!

Vitória da Conquista vive um colapso diário no trânsito, e o motivo tem nome e endereço: as operações de carga e descarga dos novos atacadistas.

No último domingo (6), a situação passou do limite e ganhou as redes sociais. Um caminhão bloqueou completamente um trecho da Avenida Rosa Cruz, tentando manobrar para descarregar em pleno dia de grande movimento. Motoristas presos no engarrafamento precisaram improvisar desvios e muitos sequer conseguiram chegar ao destino sem atraso. Um verdadeiro caos urbano instalado em pleno coração da cidade.

Sem horários definidos, sem fiscalização e com total liberdade de atuação, os caminhões estacionam quando e onde querem. O resultado? Avenidas congestionadas, moradores revoltados e barulho até de madrugada. Quem vive nas imediações das Avenidas Rosa Cruz, Olívia Flores e Brumado relata que as carretas chegam em horários aleatórios, ocupam faixas inteiras de tráfego e ainda são descarregadas ao som ensurdecedor de plataformas e motores em plena madrugada.

“Eles descarregam na hora que querem, e a população é quem paga o preço”, desabafa um morador da região, temendo represálias ao pedir anonimato.

Mesmo com a criação de uma terceira faixa de tráfego e instalação de semáforos pela Prefeitura, a sensação é de abandono. A nova faixa, que deveria ajudar no fluxo, virou estacionamento para os caminhões dos atacadistas, enquanto os moradores são proibidos de estacionar ali.

A revolta cresce nas redes e nas ruas. Moradores, motoristas e até pequenos comerciantes cobram uma regulamentação imediata: por que não existe um horário fixo para carga e descarga? Onde está a fiscalização? Por que as empresas não se responsabilizam pelos transtornos que estão causando?

Até agora, nenhuma das empresas envolvidas se pronunciou, e a Prefeitura também segue em silêncio sobre medidas mais duras para controlar esse desrespeito cotidiano.

Enquanto isso, Vitória da Conquista se vê refém da desorganização e do descaso, e a pergunta que ecoa nas avenidas é uma só: até quando o lucro dos grandes valerá mais do que o direito de ir e vir da população?