Vitória da Conquista acordou, nesta quarta-feira (9), com mais uma cena que se tornou rotineira — operários da EMBASA realizando reparos emergenciais em plena Avenida Brumado, uma das vias mais movimentadas da Zona Oeste. Em meio ao calor do meio-dia, a Operação Tapa Buracos foi iniciada, após dias de críticas da população e registros diários de motoristas desviando de crateras perigosas.
A ação é parte de uma tentativa da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA) de conter os danos provocados pelas próprias intervenções de infraestrutura feitas nos últimos meses. Dezenas de ruas seguem em estado crítico, com buracos mal sinalizados, deixando motoristas e pedestres à mercê da sorte.
A Avenida Brumado, vital para o fluxo comercial e urbano da cidade, transformou-se em um campo minado, com trechos quase intransitáveis. O impacto é direto sobre o cotidiano de trabalhadores, ambulâncias, ônibus e estudantes que dependem da via para se deslocar.
Moradores e comerciantes da região denunciam que a lentidão nos reparos e a falta de planejamento na recomposição do asfalto expõem uma fragilidade crônica na relação entre obras públicas e responsabilidade pós-intervenção. “Eles quebram hoje e tapam daqui a semanas, se taparem”, afirmou um comerciante local.
Enquanto isso, cresce a pressão popular por respostas mais rápidas, coordenação entre órgãos e transparência na execução de obras que afetam diretamente o tráfego urbano. A Prefeitura, embora não diretamente responsável pelas intervenções da EMBASA, é cobrada por fiscalização mais rígida e atuação conjunta com o Governo do Estado.
Vitória da Conquista exige não apenas tapa-buracos, mas respeito com a mobilidade urbana e planejamento com visão de futuro. A Operação iniciada nesta quarta é um alívio momentâneo, mas a cidade continua clamando por soluções definitivas e dignidade no ir e vir.
