(Vitória da Conquista) — Uma ação técnica, silenciosa e absolutamente necessária está em curso no Cemitério da Saudade: a poda e o rebaixamento das imensas copas de eucaliptos que, com mais de 70 metros de altura, se tornaram verdadeiros gigantes urbanos — belos, sim, mas também perigosos.
Com raízes fincadas desde os anos 1980, esses eucaliptos envelheceram junto com a cidade, mas sua dimensão e a idade avançada passaram a representar riscos reais para a população do entorno. Foi aí que entrou em cena a equipe de Paisagismo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), que demonstrou competência e responsabilidade ao planejar e executar uma poda de alto risco, com o uso de guindastes articulados, garantindo máxima segurança para os moradores e os servidores envolvidos na operação.
O trabalho, iniciado no ano passado e agora em sua segunda etapa, vai muito além de cortar galhos: é uma intervenção de preservação da vida, do patrimônio e da própria natureza. A complexidade da operação — galhos com o tamanho de árvores médias, ausência de espaço para queda livre e o ambiente urbano sensível — exige planejamento minucioso, técnica apurada e muito cuidado.
Segundo a secretária Ana Cláudia, “não se trata de uma simples poda, mas de uma engenharia ambiental de precisão”, feita com respeito à história das árvores e à comunidade. A medida, embora pouco visível aos olhos do cotidiano, tem um impacto direto na segurança urbana, sobretudo em tempos de ventos fortes e chuvas intensas, comuns em períodos de transição climática.
E mais: a Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Semma, não está apenas cortando árvores — está repensando a arborização da cidade. Enquanto cuida dos eucaliptos antigos, aposta agora em espécies da flora nativa, cultivadas no Herbário do Sertão da Ressaca, com foco em sustentabilidade e recuperação de áreas degradadas.
A população, muitas vezes alheia ao risco silencioso que cresce acima das nossas cabeças, pode respirar mais tranquila. Graças à atuação técnica e visionária da Semma, os bairros vizinhos ao Cemitério da Saudade não serão palco de acidentes evitáveis — mas de prevenção e cuidado ambiental.
A ação continua até esta sexta-feira e serve de exemplo para outras cidades: zelar pela natureza também é proteger vidas.
