Vitória da Conquista amanheceu mais silenciosa nesta quarta-feira. O coração da educação local perdeu uma de suas vozes mais marcantes: o professor Raimundo Viana nos deixou, após sofrer um mal súbito na tarde da última terça-feira (18). Apesar de todo o esforço das equipes do SIMTRANS, do Samu 192 e da equipe médica do Hospital Samur, onde foi submetido a uma angioplastia, o professor não resistiu. Sua partida deixa um vazio imensurável na história e no presente da educação em nossa região.
Raimundo Viana não era apenas o nome por trás do Colégio Opção e da Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR). Ele era, acima de tudo, um construtor de futuros. De origem humilde, foi um exemplo vivo da força transformadora da educação. Um homem que venceu na vida não apenas por seu talento e visão empreendedora, mas pelo amor à sua missão: ensinar, acolher, transformar.
Durante décadas, ele foi mais do que um educador — foi um farol para milhares de jovens e adultos que encontraram nas suas instituições uma chance real de mudança. Ao lado de sua esposa e companheira de jornada, sempre acolheu com generosidade e respeito estudantes vindos de todos os cantos do sertão baiano, oferecendo mais do que ensino: oferecendo dignidade.
Seu compromisso com a educação era apenas uma das muitas facetas de um homem que também se dedicava a projetos sociais, que sonhava alto, mas sempre com os pés fincados no chão de sua terra. Raimundo acreditava que a transformação vinha pela base, e por isso lutou incansavelmente para levar conhecimento, cultura e oportunidades para os que mais precisavam.
A notícia de sua morte é dura. Toca a cidade, emociona os que o conheceram de perto e impacta todos que, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, foram tocados por suas ações. Raimundo Viana era, e sempre será, um símbolo de esperança, trabalho e fé no poder do conhecimento.
Hoje, nos despedimos de um mestre. Um educador que não apenas passou por esta vida, mas deixou nela marcas profundas. Seu legado viverá em cada aluno formado, em cada história transformada, em cada sala de aula onde ainda ecoam os princípios que ele ajudou a construir.
Descanse em paz, professor. Sua lição mais bonita foi a vida que viveu. E nós, seus eternos alunos, continuaremos a escrevê-la — com gratidão, admiração e saudade.