O que era para ser um fim de semana de descanso em família terminou em angústia, silêncio e revolta. Elian Santana do Prado, 24 anos, natural de Vitória da Conquista, desapareceu nas águas da Praia do Norte, em Ilhéus, na manhã do último domingo (20), e até o momento seu corpo ainda não foi localizado.
Segundo informações de familiares, Elian estava acompanhado de parentes no momento em que entrou no mar, nas proximidades do condomínio Japará. Pouco tempo depois, a tragédia: o jovem foi arrastado pela correnteza e não retornou. Desde então, o Corpo de Bombeiros atua nas buscas, mas sem sucesso.
A indignação cresceu quando, logo após o início das buscas, as equipes de resgate deixaram o local temporariamente sem concluir os trabalhos. Para a família, esse ato foi interpretado como um sinal de negligência, uma ferida aberta no coração de quem espera ao menos um corpo para chorar e sepultar.
Nas redes sociais, a comoção é grande. Amigos, familiares e moradores de Vitória da Conquista iniciaram uma campanha exigindo celeridade nas ações de busca. As postagens se multiplicam com pedidos de reforço nas operações, clamando por empatia das autoridades.
Enquanto isso, o mar guarda um silêncio perturbador. A família de Elian vive a angústia da espera, pedindo por justiça e respeito em meio à dor.
O caso reabre o debate sobre a estrutura de resgate nas praias baianas, a preparação das equipes e a sensibilidade necessária diante de tragédias humanas. Afinal, não se trata apenas de estatísticas — trata-se de vidas, de histórias, de jovens como Elian, que deveriam estar sorrindo ao lado de seus pais, e não virando um número em meio à espuma das ondas.