Por Padre Carlos
Com a proximidade de mais um ciclo eleitoral, é natural — e até esperado — que surjam nomes, conjecturas e articulações de todo tipo dentro dos partidos. O União Brasil, por sua estrutura e capilaridade, tem atraído olhares atentos e gerado muita conversa nos bastidores. Diversos pretendentes a candidaturas têm aparecido, e cada um com seus méritos, trajetórias e ambições legítimas.
De antemão, deixo claro: não sou filiado ao União Brasil, tampouco exerço qualquer cargo de direção partidária. Falo aqui como alguém que viveu e vive o cotidiano da política há mais de quarenta anos, como observador, militante e, principalmente, como articulista que gosta de olhar além da superfície.
É nesse contexto que quero trazer à tona um nome que, a meu ver, deveria estar entre os considerados pelo União Brasil ao planejar seus passos: Diogo Azevedo.
Não se trata de um palpite despretensioso. Diogo apresentou um desempenho eleitoral significativo nas últimas eleições. E todos que conhecem a realidade das disputas proporcionais sabem como é árdua a jornada de conquistar votos para a vereança. Em tempos de pulverização de candidaturas e crescente desconfiança do eleitorado, se destacar é tarefa para poucos.
Diogo Azevedo, além dos votos, carrega atributos que a política precisa (e muito): carisma, capacidade de diálogo e uma impressionante aptidão para agregar. Jovem, mas experiente, já mostrou que sabe trilhar caminhos com responsabilidade e sem rompantes.
O União Brasil tem um quadro eleitoral robusto, com densidade e presença. Mas justamente por isso, pode — e deve — usar essa base para renovar e fortalecer sua imagem. Valorizar talentos já testados nas urnas, com desempenho expressivo, é uma estratégia que costuma dar bons frutos.
Não se trata aqui de defender uma candidatura, mas de sugerir que nomes como o de Diogo Azevedo não fiquem à margem das conversas internas. O partido tem muito a ganhar ao considerar figuras que já demonstraram potencial — não só pelo número de votos, mas pela capacidade de representar, ouvir e construir pontes.
A política é feita de escolhas. E escolher bem exige atenção aos sinais que vêm das urnas e das ruas.