Política e Resenha

Como o padre Júlio Lancellotti enfrenta as ameaças e as calúnias por defender os mais pobres

 

 

No caminho da fé, os discípulos de Jesus não estão isentos do confronto com o ódio do mundo, uma batalha que ecoa os passos de Cristo. A perseguição, uma constante na história da comunidade cristã, é um reflexo da resistência do mundo aos princípios que transcendem as convenções humanas.

Há quatro anos, Padre Júlio Lancellotti enfrentou a difamação urdida por membros do MBL (Movimento Brasil Livre), que, em uma tentativa de manchar sua honra, fabricaram acusações infundadas de pedofilia. A motivação política era clara, uma trama para favorecer a candidatura de Arthur Do Val, o Mamãe Falei. Este episódio, entretanto, não foi o primeiro nem será o último embate contra aqueles que buscam afastá-lo do rebanho que pastoreia.

Agora, uma nova investida se desenha, com a proposta de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das ONGs, liderada pelo vereador Rubinho Nunes. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, alega ter recebido acusações “de extrema gravidade” contra o Padre Júlio Lancellotti e promete levá-las ao Vaticano. O que essas acusações realmente representam, no entanto, permanece obscuro.

A crítica surge não apenas da falta de transparência, mas também da natureza dos ataques por parte dos vereadores. A comunidade tem questionado a legitimidade e a ética dessas investidas políticas contra um religioso comprometido com a defesa dos desfavorecidos.

A história ensina que as perseguições não devem abalar a fé nem desviar da missão evangelizadora. A sorte dos discípulos é inseparável da de Cristo, pois, como Ele afirmou, “Se me perseguiram a mim, também vos hão de perseguir a vós”. Neste momento desafiador, busca-se viver o sofrimento em união com o Senhor.

O enfrentamento desses obstáculos requer coragem, perseverança e a confiança de que a verdade prevalecerá. Não só pela causa, mas pela defesa daqueles que não têm voz, especialmente os marginalizados. Quem será o defensor do povo de rua se Padre Júlio Lancellotti for afastado injustamente?

A jornada é marcada por desafios, mas o compromisso com a verdade e a missão evangelizadora permanece inabalável. Enfrenta-se não apenas as acusações, mas também a opressão que tenta calar a voz daqueles que buscam justiça social e compaixão.

Diante dessa CPI iminente, aguarda-se com serenidade o esclarecimento dos fatos. A confiança na justiça divina e na retidão das ações guia nesse momento turbulento. Que a luz da verdade dissipe as sombras da calúnia, e que a missão siga firme, guiada pela fé que sustenta Padre Júlio Lancellotti.

Que a paz esteja convosco,

Padre Carlos