A luta de classes, conceito intrínseco à teoria marxista, delinea os conflitos inerentes entre estratos sociais com interesses antagônicos. Entretanto, na política brasileira contemporânea, observamos uma transformação sinistra desse embate, transitando da crítica social à alucinação coletiva do homem branco.
A ultradireita, enquanto movimento político, insinua-se como protagonista nesse cenário distorcido, enraizando-se em premissas conservadoras e nacionalistas que, por vezes, beiram o entreguismo. Seu alcance permeia a extensão da direita política nacional, consolidando-se como uma ameaça palpável à democracia e aos direitos humanos.
O bolsonarismo, um dos exemplos mais eloquentes desse fenômeno, capitaliza sobre o ressentimento e a frustração de uma parcela da população marginalizada pelo sistema. Nesse contexto, observa-se uma alucinação coletiva que não apenas ameaça a democracia, mas também delineia uma luta do homem branco contra segmentos sociais diversos, tidos como inimigos, que vão desde nordestinos e imigrantes até latino-americanos e membros da comunidade LGBT.
Essa visão de mundo, intrinsecamente perigosa, não se restringe ao campo das ideias, manifestando-se em episódios como o lamentável conflito ocorrido em 8 de janeiro de 2023. Tais eventos destacam a urgência de uma análise crítica dessas ideologias extremistas, alertando para os riscos latentes que elas representam para a estabilidade social e política.
Diante desse cenário, torna-se imperativo que as pessoas adotem uma postura crítica e se munam de informações provenientes de fontes confiáveis. A defesa da democracia e dos direitos humanos não é uma mera opção, mas sim um imperativo moral que requer a união de todos em torno desses valores fundamentais. Somente por meio dessa resistência coletiva será possível combater o avanço do ódio e da intolerância, preservando a essência de uma sociedade justa e inclusiva.