Política e Resenha

Dengue em Vitória da Conquista: O Despertar para uma Responsabilidade Compartilhada

O ano mal começou, e Vitória da Conquista já se vê às voltas com uma preocupação que assombra não apenas as autoridades de saúde, mas todos os cidadãos do município: o aumento expressivo de casos de arboviroses. Com 801 notificações no primeiro mês, sendo 142 confirmadas para dengue, 29 para chikungunya e um para zika, a cidade entra em estado de alerta.

As chuvas, tão esperadas para amenizar o calor, trazem consigo o risco da proliferação do mosquito Aedes aegypti. O acúmulo de água parada nas ruas e quintais torna-se terreno fértil para a reprodução desse vetor de doenças. O Centro de Controle de Endemias está em ação, mas a batalha precisa ser travada também nos lares conquistenses.

O coordenador de endemias, Joseilton Lima, destaca a importância da participação ativa da população. O morador é o principal agente no combate à dengue, e sua ação cotidiana pode fazer toda a diferença. Vedar adequadamente caixas d’água, esvaziar recipientes que acumulam água e cuidar dos quintais são medidas simples, mas cruciais.

Uma iniciativa digna de nota é o trabalho de recolhimento de pneus. Nos próximos dias, equipes intensificarão a coleta em vários pontos da cidade. Descartes irregulares já foram identificados, e a conscientização sobre o destino adequado desses materiais é um passo importante. A população pode colaborar solicitando o recolhimento de pneus sem uso através do número (77) 3429-7421.

Além das medidas preventivas, é crucial que a população denuncie possíveis focos do mosquito. O Centro de Endemias está disponível pelo telefone mencionado para receber informações sobre criadouros do Aedes aegypti. Em caso de sintomas como febre, dores no corpo, articulações ou sangramento nasal, a busca por atendimento médico é imperativa.

A dengue em Vitória da Conquista não é apenas um problema das autoridades de saúde, mas uma questão que demanda a ação conjunta de toda a comunidade. A mudança desse cenário está nas mãos de cada morador, que, ao adotar práticas simples, pode contribuir significativamente para o controle das arboviroses. A verdadeira transformação começa em casa, e é hora de agir para proteger nossa cidade e nossa saúde.