Ultimamente tenho refletido sobre a relação complicada entre a religião e a razão ao longo da história. Embora a minha religião tenha cometido erros no passado, como as Cruzadas e a Inquisição, eu acredito que o cristianismo fez mais coisas boas do que ruins. Mas ficou claro para mim que não posso seguir a minha fé cegamente. Preciso usar também a razão crítica.
Não faz muito tempo que as mulheres só podiam entrar nas igrejas de véu. As missas eram em latim. Por muitos anos, os padres controlaram demais a vida sexual dos fiéis. Houve a queima de livros considerados heréticos. As conquistas na América escravizaram povos inteiros em nome da evangelização.
Eu entendo que os textos sagrados como a Bíblia não são palavras ditadas por Deus. Foram escritos por homens e precisam ser interpretados historicamente. Uma religião que vai contra os direitos humanos não pode estar certa.
Acredito que Jesus ensinou o amor incondicional e que os cristãos devem seguir os seus passos. Admiro o Papa Francisco por tentar aproximar mais a Igreja dos ensinamentos de Cristo. Os fundamentalismos que negam a razão me preocupam.
A fé dá sentido à vida, mas a razão abre novos caminhos. Elas devem conviver em harmonia. Nos momentos difíceis da humanidade, precisaremos da cooperação entre religiões e ciência. Com fé e razão juntas, podemos construir um mundo melhor.