Caros leitores, em meio às paisagens áridas e à riqueza cultural de Vitória da Conquista, uma preocupação latente emerge das torneiras e dos lares: a qualidade da água. Nos últimos dias, as reclamações ecoam pelas redes sociais, ecoando como um clamor por transparência e solução para um problema que afeta a saúde e o bem-estar de toda uma comunidade.
A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA), rápida em suas justificativas, atribui as alterações na água ao capricho das chuvas sazonais. No entanto, as desculpas esmaecem diante da realidade que assola nossos lares: água turva, sabor duvidoso e uma incerteza que paira sobre a potabilidade do líquido vital.
Entendemos as nuances climáticas e os desafios logísticos que permeiam a gestão hídrica de uma cidade. Contudo, não podemos relegar a segundo plano a saúde e a segurança da população. O ajuste nos processos de tratamento é uma medida paliativa, mas não suficiente para aplacar a inquietação dos cidadãos que dependem dessa água para suas necessidades básicas.
A questão que se impõe transcende as justificativas técnicas e alcança o cerne da responsabilidade pública. É imperativo que os órgãos competentes assumam não apenas a correção imediata do problema, mas também o compromisso de investir em infraestrutura e políticas de longo prazo que garantam uma oferta contínua de água de qualidade.
Nossas vozes não podem ser silenciadas pelo eco das desculpas e das explicações superficiais. É hora de exigir accountability e transparência na gestão dos recursos hídricos, afinal, a água não é apenas um recurso, mas um direito básico e inalienável de todo cidadão.
Diante desse cenário, conclamo a comunidade conquistense a se unir em prol de uma causa maior: a defesa do acesso universal à água limpa e segura. Somente com a mobilização e a pressão coletiva poderemos transformar esse pesadelo hídrico em um futuro de abundância e sustentabilidade.
Juntos, podemos fazer com que cada gota d’água seja um símbolo de vida e esperança, e não mais uma fonte de preocupação e incerteza. Chegou o momento de transformar a crise em oportunidade e reivindicar nosso direito a um futuro hidrologicamente seguro e próspero.