O anúncio do aumento na faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) pelo Governo Federal, embora pareça um alívio para muitos, não passa de uma cortina de fumaça para encobrir a voracidade tributária que sufoca os brasileiros. Sob o pretexto de beneficiar a população, o governo nos oferece migalhas enquanto devora nossos recursos com voracidade insaciável.
É inegável que a falta de atualização da tabela do IRPF ao longo dos anos é um flagrante desrespeito ao trabalhador brasileiro. No entanto, o que se vê agora não é uma verdadeira preocupação com o bem-estar da população, mas sim uma estratégia política para tentar amainar os ânimos em meio à crescente insatisfação popular.
O anúncio do aumento na faixa de isenção é apresentado como uma medida de grande impacto, porém, ao analisarmos os números de perto, percebemos que a suposta benesse é apenas uma ilusão. Um aumento que não acompanha sequer a inflação acumulada, que não corrige de forma justa o peso dos impostos sobre os ombros já sobrecarregados dos brasileiros.
Enquanto isso, o país enfrenta uma crise econômica sem precedentes, com o aumento do desemprego, a alta inflacionária e a deterioração das condições de vida da população. A política tributária deveria ser uma ferramenta para promover a justiça social e a redistribuição de renda, porém, o que vemos é a perpetuação de um sistema que privilegia os mais ricos em detrimento dos mais necessitados.
É fundamental que a sociedade brasileira esteja atenta às manobras políticas e não se deixe enganar por medidas paliativas que visam apenas perpetuar um status quo injusto. É hora de exigir não apenas migalhas, mas sim uma verdadeira reforma tributária que coloque o peso dos impostos sobre aqueles que têm mais condições de suportá-lo, e não sobre os ombros já combalidos dos trabalhadores e das famílias brasileiras.