Política e Resenha

Próxima dos militares, deputada do PCdoB os alertou a não atacarem as urnas

A democracia brasileira atravessa tempos sombrios, nos quais a fronteira entre o respeito às instituições e os arroubos autoritários se torna cada vez mais tênue. O episódio recente envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e suas investidas contra o sistema eleitoral é um alerta vermelho para todos os que prezam pela liberdade e pelo Estado de Direito.

No centro desse embate, surge a figura corajosa da ex-deputada Perpétua Almeida, do PCdoB, uma voz que ecoou na defesa da ordem constitucional e na preservação das instituições democráticas. Diante da investida dos altos escalões militares contra as urnas eletrônicas, Almeida não se acanhou em confrontar a postura inadequada e perigosa dos generais, lembrando-lhes o papel das Forças Armadas em uma democracia madura.

Em um discurso contundente e assertivo, a ex-parlamentar ressaltou que as Forças Armadas não têm a incumbência de se imiscuir em assuntos eleitorais, muito menos de questionar a legitimidade do sistema vigente. Com base nos preceitos constitucionais e nos documentos norteadores da defesa nacional, Almeida lembrou aos militares seus deveres e responsabilidades perante a nação.

É crucial compreender que a defesa da democracia não é uma bandeira partidária, mas sim um compromisso de todos os cidadãos que almejam um país justo e livre. A atitude firme de Perpétua Almeida serve como um exemplo de resistência democrática em um momento em que as instituições são desafiadas e a retórica autoritária ganha espaço.

A independência das Forças Armadas é um pilar fundamental da democracia, e cabe a cada cidadão e cidadã defender esse princípio sagrado contra qualquer tentativa de instrumentalização ou cooptação política. A postura corajosa de Perpétua Almeida nos lembra que, em tempos de crise, é preciso coragem para erguer a voz em defesa dos valores democráticos e da soberania popular.

Que seu exemplo inspire outros líderes e cidadãos a permanecerem vigilantes diante dos desafios que se apresentam, e que jamais se permitam sucumbir ao autoritarismo e à intolerância. A democracia brasileira é resiliente, e somente com a união de todos os seus defensores poderemos superar os obstáculos que se interpõem em nosso caminho rumo a um futuro mais justo e livre para todos.