A Bahia, mais uma vez, se vê diante de um desafio de saúde pública que exige a mobilização de todos os seus setores. A dengue, doença conhecida e temida, ressurge como uma ameaça latente, infiltrando-se em nossas comunidades e ceifando vidas. Enquanto nos concentramos na batalha contra a Covid-19, outro inimigo silencioso avança, exigindo a mesma determinação e união que dedicamos à pandemia.
O encontro liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues, em conjunto com a secretária da Saúde, Roberta Santana, demonstra a urgência e a seriedade com que o governo estadual encara esse problema. É alentador ver autoridades reconhecendo a gravidade da situação e agindo de forma proativa. No entanto, é preciso mais do que reuniões e planos para conter uma epidemia que ameaça se alastrar.
O número crescente de casos notificados pela Sesab é um sinal alarmante do quanto estamos vulneráveis. Não podemos nos permitir cair na complacência, esperando que a situação se resolva por si só. A dengue não escolhe vítimas e não faz distinção entre classes sociais ou regiões geográficas. Todos estamos sob o mesmo risco, e todos precisamos assumir nossa responsabilidade na prevenção e no combate a essa enfermidade.
A experiência acumulada no enfrentamento da Covid-19 deve servir de lição para a abordagem da dengue. Assim como na pandemia, a prevenção e a conscientização da população desempenham um papel crucial na contenção do vírus. Educar sobre os sintomas, promover a limpeza e eliminação de criadouros do mosquito, e garantir o acesso ao tratamento são medidas essenciais que não podem ser negligenciadas.
A parceria entre os órgãos governamentais e municipais é um passo na direção certa, mas não é suficiente. É preciso um esforço coordenado e abrangente, envolvendo toda a sociedade, desde os gestores públicos até cada cidadão em suas residências. Afinal, como ressalta a secretária Roberta Santana, 80% dos focos de dengue estão dentro das casas. Não podemos terceirizar essa responsabilidade; cada um de nós deve fazer a sua parte.
A utilização de tecnologias inovadoras, como drones para mapeamento de focos de reprodução do mosquito, mostra que estamos dispostos a empregar todos os recursos disponíveis na luta contra a dengue. No entanto, mais importante do que a tecnologia é a determinação e a vontade política de enfrentar esse desafio de frente, sem subestimá-lo.
Portanto, o alerta está dado. Não podemos permitir que a dengue se transforme em uma crise ainda maior. É hora de agir com urgência, de forma decisiva e coordenada. Não podemos nos dar ao luxo de ignorar esse inimigo que bate à nossa porta. A saúde e o bem-estar de nossa população estão em jogo, e não podemos falhar nessa batalha.
Juntos, podemos vencer a guerra contra a dengue. Mas isso requer comprometimento, solidariedade e ação imediata. Não podemos esperar mais. O tempo para agir é agora.