A intricada dança política que permeia os corredores do Congresso Nacional ganha mais um capítulo de disputas e estratégias. O Partido dos Trabalhadores (PT), diante da impossibilidade de acordo para indicar outro partido para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Educação, traça novas rotas para tentar minimizar os impactos do controle exercido pelo Partido Liberal (PL).
O xadrez parlamentar se move com a perspectiva de ampliar o número de integrantes titulares nessas comissões, uma tentativa de diluir a influência do PL. A estratégia petista se apoia na urgência de projetos que, se necessário, podem escapar da CCJ e seguir diretamente para comissões especiais e, posteriormente, ao plenário, em regime de urgência. Entretanto, esse cenário reforça a dependência do governo em relação ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A possibilidade de avançar com as prioridades através de Medidas Provisórias também está na mesa de negociações. Um exemplo concreto é a proposta de nova regra da subvenção do ICMS, considerada crucial para incrementar a arrecadação, que foi encaminhada pelo governo via MP, contornando a tramitação na CCJ.
Entretanto, apesar dos esforços para minimizar os impactos, o governo não escapou de uma derrota significativa na comissão de Educação, que ficou sob o comando de Nikolas Ferreira (PL-MG). Diante desse cenário, resta ao governo a estratégia de ampliar sua base dentro da comissão, buscando equilibrar o debate.
“Será uma comissão anti-educação e anti-educada”, comentou um parlamentar, ressaltando a polarização e as tensões que cercam o tema.
O jogo político segue intenso e imprevisível, com cada movimento estratégico delineando o futuro das decisões no âmbito legislativo. Enquanto isso, os olhos da nação permanecem atentos aos desdobramentos dessas articulações que moldarão o destino do país.
Maria Clara, articulista do política e resenha