Em um momento de grande simbolismo para a justiça brasileira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), propôs a primeira absolvição total de um acusado pelos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. A decisão, tomada na última sexta-feira (8), abre caminho para uma análise mais criteriosa dos casos e representa um passo importante na busca pela verdade e na pacificação do país.
Geraldo Filipe da Silva , preso em flagrante durante os atos, foi absolvido por falta de provas contundentes que comprovassem sua participação nos crimes. A Procuradoria-Geral da República (PGR), autora da denúncia, também revelou a fragilidade das provas e entregas com a absolvição.
Em seu voto, Moraes destacou que “a autoria delitiva não foi suficientemente comprovada, persistindo dúvida razoável sobre o dolo do agente”. O ministro também ressaltou que não há promessas de que Geraldo tenha integrado a associação criminosa ou contribuído para a execução dos crimes.
Um caso singular
Geraldo, que se encontrava em situação de rua, afirma ter ido ao local das manifestações por “curiosidade”. Ele negou ter participado de atos de vandalismo e relatou ter sido atacado por outros manifestantes por ser considerado um “infiltrado”.
Sua situação complexa e a fragilidade das provas contra ele demonstram a necessidade de uma análise individualizada de cada caso, evitando condenações precipitadas e injustiças.
Um marco para a justiça brasileira
A absolvição de Geraldo Filipe da Silva é um marco histórico para a justiça brasileira. Ela demonstra que, mesmo em um contexto de grande comoção social, o STF está comprometido com o princípio da imparcialidade e com a aplicação rigorosa da lei.
A decisão abre caminho para uma análise mais criteriosa dos demais casos relacionados aos atos de 8 de janeiro, garantindo que uma justiça seja feita de forma justa e equilibrada.
Maria Clara, articulista do política e resenha