Em um movimento que eleva a tensão política no país, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (8) a proibição de investigados por uma suposta tentativa de golpe de Estado de participarem de cerimônias no Ministério da Defesa, Forças Armadas e Polícias Militares.
A medida, que atinge o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seus aliados militares e civis, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, soma-se a outras cautelares impostas no inquérito, como a proibição de contato entre investigados, suspensão de funções públicas, impedimento de sair do Brasil e prisão.
Em caso de descumprimento, Moraes fixou uma multa diária de R$ 20 mil.
A decisão, comunicada aos investigados e comandos militares, visa evitar que os alvos do inquérito utilizem eventos militares para se confraternizarem e fortalecerem seus laços, alimentando a narrativa de um golpe de Estado.
Reações inflamadas e o futuro do bolsonarismo
Bolsonaro e seus aliados reagiram com indignação à medida, classificando-a como “censura” e “perseguição política”. A decisão, no entanto, foi elogiada por juristas e especialistas em segurança pública, que a consideram necessária para preservar a democracia e as instituições.
Analistas políticos acreditam que a medida de Moraes pode ter um impacto significativo no futuro do bolsonarismo, dificultando a mobilização de seus seguidores e enfraquecendo a imagem do ex-presidente.
Tensão e incerteza no cenário político
A decisão do STF aumenta a temperatura política no país, em um momento em que o governo Lula busca reconstruir o tecido social e fortalecer as instituições democráticas. A polarização e a desconfiança entre os setores políticos continuam a ser um desafio para o futuro do Brasil.
Maria Clara, articulista do política e resenha