Política e Resenha

Brasil volta a melhorar IDH; Nações Unidas dizem que ‘polarização política’ global atrapalha

Em meio a um cenário global ainda conturbado pela crise sanitária e seus desdobramentos socioeconômicos, o Brasil registra um leve mas significativo avanço em seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A notícia de que o IDH brasileiro subiu de 0,754 para 0,760 é, sem dúvida, um alento em tempos de incertezas e desafios. Essa pontuação, considerada elevada pelo PNUD, reflete não apenas números, mas também esforços e políticas públicas voltadas para a promoção do bem-estar e da qualidade de vida da população.

No entanto, é necessário olhar para além dos dados brutos e entender o contexto em que essa melhoria se insere. A pandemia da COVID-19 deixou marcas profundas em todo o mundo, e o Brasil não escapou ileso. O impacto socioeconômico foi significativo, refletindo-se em diversas áreas, desde a saúde até a economia.

É notável que a expectativa de vida tenha contribuído para esse avanço no IDH, evidenciando a importância de políticas de saúde eficazes e acessíveis a todos os cidadãos. Contudo, é preciso reconhecer que há muito a ser feito em outras dimensões, como educação e renda, para garantir um desenvolvimento humano pleno e equitativo.

Além disso, a queda de duas posições do Brasil no ranking global de desenvolvimento da ONU é um alerta para a necessidade de um esforço contínuo e coordenado em busca de melhorias consistentes. A polarização política, mencionada pela ONU como um obstáculo ao progresso, é um desafio que precisa ser enfrentado de forma urgente e responsável.

Enquanto celebramos os avanços conquistados, não podemos perder de vista as desigualdades persistentes e os desafios futuros. O desenvolvimento humano deve ser encarado como uma jornada coletiva, que requer o engajamento de todos os setores da sociedade em prol do bem comum.

Neste sentido, é fundamental que as lideranças políticas, empresariais e sociais se unam em torno de uma agenda que promova a inclusão, a justiça social e o respeito aos direitos humanos. Somente assim poderemos construir um futuro mais próspero e sustentável para as gerações presentes e futuras.

É tempo de olhar para frente, com esperança e determinação, e de agir de forma decisiva para superar os desafios que se apresentam. O Brasil tem potencial para avançar ainda mais no caminho do desenvolvimento humano, e cabe a cada um de nós contribuir para tornar essa visão uma realidade.

Maria Clara, articulista do política e resenha