A decisão da Justiça Eleitoral de condenar o vereador Alexandre Xandó (PT) a pagar multa de R$ 5 mil por propaganda eleitoral antecipada é um recado duro, mas necessário. Por muito tempo, temos alertado sobre as práticas escancaradas de pré-campanha que alguns políticos desta cidade vêm promovendo de forma criminosa, burlando as leis eleitorais.
A estrada do Bate Pé, os investimentos em educação e tantas outras ações de infraestrutura foram usadas de maneira promocional pelo governador e seus aliados como uma antecipada e ilegal propaganda eleitoral. A distribuição de calendários com fotos do vereador Xandó ao lado do pré-candidato petista à Prefeitura foi apenas a ponta do iceberg revelada.
Essa condenação não pode ser um caso isolado. Precisamos que a Justiça Eleitoral investigue a fundo e puna com rigor todos aqueles que desrespeitaram as regras do jogo democrático ao fazer campanha fora da período permitido por lei. Além do caso de Xandó, temos denúncias de outras irregularidades, como vereadores utilizando diretores e até alunos da rede estadual para promover seus nomes de forma vedada.
Essas práticas representam uma afronta à democracia e uma profunda falta de respeito ao eleitor. Usar máquinas públicas e dinheiro dos impostos dos cidadãos para se autopromover é um dos maiores desvios de finalidade que existem. É roubar dos mais pobres para bancar a ambição política de alguns.
Não podemos permitir que esses abusos sigam impunes. A Justiça Eleitoral precisa se posicionar de forma firme e contundente, aplicando punições duras que sirvam de exemplo para coibir essas práticas levianas. Só assim teremos um processo eleitoral verdadeiramente democrático, livre dessas perigosas distorções.
Que o caso do vereador Xandó seja um divisor de águas. Que candidatos e pré-candidatos compreendam que não terão mais espaço para fazer esse triste papel de anteciparem suas campanhas de forma criminosa. As leis existem para serem cumpridas à risca por todos. E quem as desrespeitar, deve arcar com todas as sanções cabíveis.
A propaganda antecipada sempre foi uma prática nefasta e precisamos por um basta nisso de uma vez por todas. Só assim poderemos avançar em direção a eleições realmente limpas e isonômicas. O recado da Justiça já foi dado. Cabe agora aos órgãos de fiscalização eleitoral intensificarem sua atuação para que tenhamos um processo absolutamente íntegro nas próximas eleições.