A notícia recente de que Mauro Cid, ex-assessor de Jair Bolsonaro, recebeu a nota máxima de desempenho de seu superior no Exército Brasileiro, apesar de estar preso e sob investigação por crimes graves, é extremamente preocupante. Isso levanta questões sobre a integridade do sistema de justiça militar e o potencial de interferência política nas forças armadas.
Cid foi preso pela Polícia Federal em maio de 2023 sob a suspeita de ter cartões de vacinação falsificados para si, sua família e a família de Bolsonaro. Ele também está sendo investigado por sua alegada participação nos tumultos do dia 8 de janeiro em Brasília. Apesar dessas graves acusações, o superior de Cid no Exército deu a maior nota possível de desempenho para 2023.
Essa decisão é uma ofensa às vítimas dos crimes que Cid é acusado de cometer e mina a confiança pública no Exército. Isso sugere que o Exército está mais preocupado em proteger seus próprios interesses do que em fazer justiça e garantir a aplicação da lei.
Além disso, o fato de Cid continuar elegível para promoção ao posto de coronel é um insulto aos valores e princípios que o Exército afirma defender. Isso envia uma mensagem de que corrupção e má conduta são toleradas, senão recompensadas, nas forças armadas brasileiras.
Este caso destaca a necessidade urgente de reformas no sistema de justiça militar. As forças armadas devem ser submetidas aos mesmos padrões de responsabilidade e transparência que outras instituições públicas. O manejo do caso do Cid sugere que o sistema atual não está atendendo a esses requisitos.
É imperativo que as autoridades brasileiras tomem medidas para tratar este problema e garantam que a justiça seja feita. Cid deve ser responsabilizado por seus atos e o Exército deve tomar medidas para prevenir que casos semelhantes ocorram no futuro. Apenas assim a confiança pública nas forças armadas pode ser restaurada.