Política e Resenha

Quem consegue se eleger na Federação Brasil da Esperança do PT ?

 

A esquerda conquistense encontra-se num labirinto político, onde as disputas internas parecem mais intensas do que as lutas contra o centro ou a direita. O PSB pode ser considerado uma exceção por não fazer parte da federação e não precisar disputar de forma direta, mas a esquerda, em geral, se encontra numa posição onde as disputas são cada vez mais acirradas e Fratricida.
A federação, apesar de ser composta por partidos de esquerda tradicionalmente fortes, tem perdido lideranças e força ao longo dos anos, seja por falta de motivação ou por busca de novas alianças. Mesmo com o aumento de duas vagas na Câmara Municipal, é difícil acreditar que o PT e o PCdoB serão capazes de ampliar significativamente suas bancadas. Se conseguir manter os mesmos sete? Seria uma vitória.
Nossa análise, baseada em gráficos e mapas eleitorais, mostra que o eleitorado da esquerda não cresce em nossa cidade há oito anos. Além disso, o PCdoB e o PV, não precisam se fragmentar, já que a responsabilidade do coeficiente eleitoral é compartilhada por todos os membros da federação. Contudo, a presença da delegada e da presidente da OAB, que certamente disputarão uma vaga, aumenta ainda mais a competição interna.
Hoje, é extremamente difícil para um candidato alcançar a vereança sem um mandato. As verbas de gabinetes e a estrutura de poder oferecidas aos vereadores, tanto no governo estadual quanto municipal, eliminam quase que completamente as chances de um novato chegar à vereança.
Assim, as disputas no campo da esquerda se transformam em uma verdadeira batalha interna. Os candidatos precisam primeiro sobreviver dentro de seu próprio campo para, em seguida, pensar em disputas ideológicas. A sobrevivência política tornou-se mais importante do que as ideias e os valores que esses partidos de esquerda defendem.
A responsabilidade por tudo que está acontecendo é das lideranças que não pensaram que esticando a corda e priorizando seus afilhados em detrimento das outras liderança de base não traria prejuízo ao conjunto do partido. Ignoraram a lei do eterno retorno.
Se estes partidos não conseguirem se unir e se fortaleçerem para enfrentar as forças conservadoras que crescem no Brasil, de quem será a culpa?
As disputas internas só enfraqueceu o partido dirigente e dificultou sua capacidade de influenciar a política local. É hora de os partidos olharem para além das disputas internas e buscarem formas de se fortalecer e ampliar seu apelo eleitoral, superando a conjuntura no qual se encontram. Só assim poderão romper as barreiras que os mantêm isolados e voltar a ter voz ativa e relevante no cenário político do país.