A dengue é uma doença que não distingue idade, gênero ou classe social. Ela ataca sem piedade, causando sofrimento e dor para todos aqueles que têm a infelicidade de cruzar seu caminho. Em meio a uma epidemia crescente no Brasil e, especificamente, na Bahia, muitos questionam as razões por trás da decisão do governo de limitar a vacinação contra a dengue a uma faixa etária específica.
O Ministério da Saúde aponta para a disponibilidade limitada das doses da vacina, bem como a necessidade de priorizar certas regiões com maior risco epidemiológico. No entanto, essa estratégia parece ignorar o fato de que a dengue pode atingir qualquer pessoa, em qualquer lugar.
É justo perguntar: por que o governo não busca ampliar a disponibilidade da vacina ao procurar novos fabricantes e fontes internacionais? Em um mundo cada vez mais conectado e globalizado, devemos nos esforçar para encontrar soluções além das fronteiras nacionais.
A decisão de limitar a vacinação a uma faixa etária também pode criar falsa segurança. Embora os jovens possam ser mais ativos e, portanto, mais expostos ao mosquito transmissor da doença, adultos e idosos também correm risco e merecem proteção.
Em vez de restringir a vacinação, o governo deve buscar ampliar sua disponibilidade e democratizar o acesso a todas as pessoas. A saúde pública não deve ser tratada como um privilégio, mas como um direito fundamental de todos os cidadãos.
É hora de o governo repensar sua estratégia de vacinação e tomar medidas para proteger a população como um todo. A dengue não é uma doença seletiva e, portanto, nossa abordagem deve ser inclusiva e abrangente. Somente assim poderemos enfrentar esta ameaça e garantir a saúde e o bem-estar de nossas famílias e comunidades.