Política e Resenha

Propaganda antecipada ou jogo político? Reflexões sobre o caso Sheila Lemos e o PSB

 

A recente decisão da Justiça Eleitoral de negar a liminar solicitada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) contra a prefeita Sheila Lemos, acusada de propaganda eleitoral antecipada, traz à tona questões importantes sobre o jogo político e a interpretação de atos e eventos partidários.
O evento “Grande Ato de Filiação do União Brasil”, que contou com a presença de bandeiras e jingles com o número 44, bem como o anúncio oficial da pré-candidatura de Sheila Lemos, foi questionado pelo PSB por supostamente configurar propaganda eleitoral antecipada. No entanto, o juiz eleitoral Wander Cleuber entendeu que o material utilizado no evento não configurava tal prática, uma vez que se tratava de um ato de filiação do partido e não há vedação a pedir apoio à pré-candidatura.
Embora seja louvável que o Partido Socialista se preocupe com a democracia e a propaganda antecipada, é pertinente questionar se o partido mantém a mesma preocupação quando se trata de suas próprias práticas e eventos, como a visita do governador em Conquista e a assinatura de obras públicas com pré-candidatos da base do PSB.
A questão que se impõe é se realmente houve uma preocupação genuína do PSB com a legalidade eleitoral, ou se trata de uma jogada política para tentar desestabilizar a candidatura de Sheila Lemos. Seja como for, é fundamental que todos os partidos e candidatos sigam as regras do jogo democrático e eleitoral, respeitando os limites impostos pela legislação e pelos princípios de ética e transparência.
Enfim, o caso Sheila Lemos e o PSB é um lembrete de que a política é um jogo complexo e cheio de nuances, e de que as disputas eleitorais devem ser travadas com respeito às normas e valores democráticos. Que todos os atores políticos se comprometam com a construção de um ambiente político-eleitoral justo e ético, visando ao bem-estar e aos interesses da população brasileira.