Política e Resenha

Os Desafios de Waldenor Pereira e a fala do governador!

 

Os Desafios de Waldenor Pereira e o pedido do governador!
A política, em sua essência, é a arte de construir pontes entre representantes e representados. Entretanto, essa tarefa nem sempre é simples ou imediata. A recente declaração do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), a respeito do potencial de diálogo do pré-candidato a prefeito de Vitória da Conquista, Waldenor Pereira, destaca o momento político que seu candidato se encontra e abre questionamento para diversas interpretações sobre a sua fala.
Em meio às eleições municipais que se aproximam, Waldenor tem se dedicado a percorrer os bairros da cidade munido de seu Plano de Governo Participativo (PGP). Embora a iniciativa seja louvável, ela também evidencia um grande desafio enfrentado pela política contemporânea: a necessidade de construir uma relação genuína e sólida com o eleitorado.
O Teste do Tempo
A política exige mais do que boas intenções e propostas; ela requer tempo e estratégia. Waldenor, mesmo com sua persistência e empenho, enfrenta a intransigência do tempo. Um projeto de poder para a prefeitura de uma cidade como Vitória da Conquista não surge do dia para a noite. É um erro supor que um nome, estagnado em terceiro lugar nas pesquisas por um ano, possa impor-se repentinamente à vontade popular.
O Eco dos Eleitores
As pesquisas eleitorais não são apenas meras estatísticas. Elas refletem o pensamento e a voz do povo. O Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual Waldenor está filiado, deve interpretar esses sinais com atenção e cautela. A possibilidade de não avançar ao segundo turno pela primeira vez em trinta anos não é apenas um dado isolado; é um sinal claro de que a relação entre o partido e seus eleitores precisa ser revisada.
A Intimidade com o Eleitorado
Waldenor enfrenta um obstáculo ainda mais complexo e crucial: a falta de intimidade com o eleitor da cidade. Não se trata apenas de apresentar um plano ou um nome; é preciso criar laços, compreender as necessidades e aspirações do povo e, acima de tudo, estabelecer uma comunicação efetiva. A gestão compartilhada não se decreta, mas se constrói com paciência, ouvindo e sendo presente.
Conclusão
A peregrinação de Waldenor serve como um microcosmo da política brasileira, onde a distância entre representantes e representados parece crescer cada vez mais. Para que seu PGP não seja apenas um documento, mas uma expressão de uma gestão verdadeiramente participativa, é necessário mais do que caminhadas e discursos. É preciso uma nova forma de fazer política, uma que esteja enraizada na realidade das ruas e na vida das pessoas.
A política é construída com tempo, contato e compreensão.