A notícia chocante que ecoa pelos corredores da Bahia traz à tona uma realidade tão cruel quanto incompreensível. Em Serrinha, a apenas 180 km de Salvador, uma menina de tenros nove anos teve sua vida ceifada por uma violência inimaginável, perpetrada por quem deveria ser seu maior protetor: seu próprio pai.
Brenda Santos Oliveira Mota, assim identificada, encontrou seu trágico destino dentro dos muros da própria casa, no bairro Cidade Nova. A brutalidade do ato se intensifica ao saber que o suspeito do crime é o pai da pequena vítima, que, de forma estarrecedora, também foi encontrado sem vida no mesmo local.
O suspeito, que por ironia do destino era um policial militar lotado na cidade de Feira de Santana, a pouco mais de 68 km de distância, torna esse episódio ainda mais perturbador. Como explicar a falência de uma figura tão emblemática da proteção e da ordem, que se converte em algoz de sua própria filha?
A investigação desse horrendo crime está sob a responsabilidade da 1ª Delegacia Territorial de Serrinha, onde os detalhes sombrios desse episódio estão sendo minuciosamente registrados. Enquanto isso, os corpos de pai e filha repousam no Instituto Médico Legal da região, em um silêncio que clama por respostas e por justiça.
O destino trágico de Brenda serve como um doloroso lembrete dos inúmeros desafios que enfrentamos como sociedade. A proteção das nossas crianças, que deveria ser uma prioridade incontestável, muitas vezes é subjugada pela violência e pela crueldade de alguns poucos. Cabe a todos nós, como comunidade, reforçarmos nosso compromisso em criar um ambiente seguro e acolhedor para as nossas crianças, onde elas possam crescer e florescer livremente, longe do medo e da opressão.
Neste momento de luto e consternação, erguemos nossas vozes em solidariedade à família enlutada e em repúdio a todo e qualquer ato de violência, especialmente quando perpetuado contra os mais vulneráveis entre nós. Que a memória de Brenda seja honrada com a busca incansável por justiça e com o compromisso renovado de construir um mundo onde tragédias como essa se tornem cada vez mais raras.
