A “Operação Fogo Amigo”, deflagrada nesta terça-feira (21) pela Polícia Federal da Bahia, expôs um intrincado esquema de venda ilegal de armas envolvendo policiais militares da Bahia e Pernambuco, além de CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) e comerciantes de armas e munição. Em uma ação impactante, 18 pessoas foram presas, incluindo 10 policiais militares.
Segundo a investigação, os policiais apreendiam armas durante abordagens e, em vez de entregá-las nas delegacias, as vendiam para facções criminosas. O esquema também envolvia “laranjas” que registravam armas no Exército ou na Polícia Federal, alegavam furto e depois vendiam as armas para criminosos.
O sargento da PM de Petrolina, apontado como o líder do esquema, movimentou R$ 2,1 milhões em seis meses. As investigações revelam que ele fornecia até 20 armas e milhares de munições por mês. Durante a operação, a polícia apreendeu 20 armas e milhares de munições, além de celulares e computadores.
A operação contou com a participação de mais de 300 policiais e resultou no bloqueio de R$ 10 milhões e na suspensão das atividades de três lojas de armas. Os envolvidos responderão por diversos crimes, com penas que podem chegar a 35 anos de prisão.
A “Operação Fogo Amigo” revela um cenário alarmante de corrupção e ilegalidade, mostrando como as armas destinadas à proteção acabam nas mãos dos criminosos, alimentando a violência e a insegurança pública.