A morte de Joelson Santos Libarino, de 35 anos, no Hospital Municipal Tavina Oliveira, em Anagé, Centro Sul da Bahia, está gerando uma onda de indignação e revolta por todo o Brasil. O caso, que ocorreu na noite do domingo, 19 de maio, tem todos os elementos de uma tragédia evitável, agravada por suspeitas de negligência médica.
Joelson, que sofria de asma, foi levado às pressas ao hospital por sua família após uma severa crise asmática. No entanto, segundo os parentes, o atendimento que ele recebeu foi não apenas insuficiente, mas completamente desleixado. “Eles não fizeram nada! Meu irmão estava ali, lutando para respirar, e eles sequer se moveram com rapidez”, declarou emocionada a irmã da vítima, Mariana Libarino, em entrevista ao Bahia Meio Dia.
A situação se tornou ainda mais tensa quando, poucas horas após a morte de Joelson, o Governo Municipal de Anagé anunciou o afastamento de toda a equipe médica que estava de plantão naquela noite fatídica. A medida, ainda que emergencial, não acalmou os ânimos dos familiares e da comunidade, que agora clamam por justiça.
A Delegacia Territorial de Polícia Civil de Anagé está investigando o caso. Os depoimentos já colhidos apontam para falhas graves no protocolo de emergência. De acordo com testemunhas, Joelson teria esperado por quase uma hora para receber um atendimento efetivo. Além disso, há relatos de que faltavam medicamentos básicos e equipamentos essenciais para o tratamento de crises asmáticas.
A reportagem do Bahia Meio Dia desta quarta-feira, 22 de maio, trouxe à tona detalhes perturbadores sobre as condições do hospital e a sequência de eventos que culminaram na tragédia. O descaso e a ineficiência do atendimento médico não só chocaram a comunidade local, mas também despertaram a atenção de todo o país.
A morte de Joelson Santos Libarino não é um caso isolado; ela destaca um problema crônico no sistema de saúde pública do Brasil, especialmente em regiões mais carentes. A revolta da família é compartilhada por muitos que já passaram por situações semelhantes e que temem que, sem uma mudança drástica, outras vidas sejam perdidas devido à negligência e falta de recursos.
Agora, a pergunta que ecoa é: quantas mortes mais serão necessárias para que o sistema de saúde brasileiro se torne verdadeiramente eficiente e humano? A resposta, lamentavelmente, ainda parece distante, mas a luta por justiça e melhorias continua.