Política e Resenha

*ARTIGO – A Memória do Município e o Dever de Justiça*

 

A recente notícia sobre o reaparecimento das duas placas de bronze, retiradas da Estação de Transbordo Herzem Gusmão em Vitória da Conquista, é um alívio para a comunidade, mas não deve encerrar a questão. Embora a devolução espontânea por parte do fiscal de uma empresa de transporte coletivo mostre um desfecho positivo, há um problema maior que não pode ser ignorado: a necessidade de justiça e a proteção da memória pública.

É crucial entender que o vandalismo cometido não se restringe ao valor material das placas de bronze. Estes itens são parte integrante do patrimônio histórico da cidade, representando a memória e a identidade coletiva dos cidadãos. O ato de roubar e danificar bens públicos é uma afronta à comunidade e aos esforços para preservar nossa história.

A Prefeitura de Vitória da Conquista agiu prontamente ao registrar um Boletim de Ocorrência e solicitar a ajuda da Guarda Municipal. Essas ações demonstram um compromisso firme com a segurança e a preservação dos bens públicos. No entanto, o reaparecimento das placas não deve ser visto como um ponto final na investigação. Os responsáveis pelo ato de vandalismo precisam ser identificados e responsabilizados por seus atos.

Permitir que esse crime passe impune é abrir um precedente perigoso, sugerindo que o patrimônio público pode ser desrespeitado sem consequências sérias. A impunidade neste caso seria um convite a novos atos de vandalismo, enfraquecendo o respeito pelos bens coletivos e, por extensão, pela própria comunidade.

Além das medidas punitivas, é igualmente importante fomentar uma cultura de valorização do patrimônio público. A educação e a conscientização são ferramentas poderosas para prevenir futuros delitos. A população deve ser constantemente lembrada da importância dos bens públicos e incentivada a protegê-los como parte vital da história e da cultura local.

Em resumo, o reaparecimento das placas de bronze é um passo positivo, mas não deve desviar o foco da necessidade de justiça. Os responsáveis por este ato de vandalismo devem ser encontrados e punidos, não apenas para reparar o dano imediato, mas para enviar uma mensagem clara de que a memória e os bens públicos de Vitória da Conquista são inegociáveis e merecem proteção rigorosa. Somente assim poderemos garantir que nossa história e patrimônio sejam respeitados e preservados para as futuras gerações.

Padre Carlos