Política e Resenha

Prisão Chocante: Intolerância Religiosa Expõe Feridas Abertas

Vitória da Conquista foi palco de um incidente que escancarou a intolerância religiosa ainda presente em nossa sociedade. Uma mulher foi presa em flagrante por agredir verbalmente Jamile Novaes, uma costureira e adepta da religião de matriz africana, na Zona Oeste da cidade.

Jamile Novaes, que se mudou recentemente para o imóvel onde trabalha, vinha enfrentando agressões constantes. “Ela começou a proferir palavras de baixo calão, começou a reprender, começou a dizer que nós éramos demônios, que a gente era diabo”, relatou a vítima. Cansada dos ataques, Jamile decidiu gravar os insultos e acionou a 78ª Companhia Independente de Polícia Militar.

O caso foi registrado pela delegada Gabriela Oliveira Teixeira Rigaud e direcionado ao Plantão Central da Polícia Civil no Distrito Integrado de Segurança Pública. A agressora foi detida e aguarda audiência de custódia no Fórum João Mangabeira, onde será decidido se responderá em liberdade ou permanecerá detida no Conjunto Penal de Vitória da Conquista.

Este é o sexto caso de intolerância religiosa registrado este ano na cidade, conforme informado pela delegada Gabriela Rigaud. A Coordenação Municipal de Igualdade Racial, liderada por Ricardo Alves de Oliveira, está acompanhando o desenrolar da situação, buscando garantir que a justiça seja feita e que episódios de intolerância sejam devidamente punidos.

A prisão da agressora expõe não apenas a violência enfrentada por praticantes de religiões de matriz africana, mas também a necessidade urgente de um debate mais amplo sobre respeito e convivência pacífica entre diferentes crenças.