Há dois anos, algo mudou em mim. Não foi uma epifania repentina, mas uma compreensão gradual e profunda do real significado da vida. É como se as lentes pelas quais eu enxergava o mundo tivessem sido limpas, revelando a beleza e a preciosidade de cada instante.
Acordar e respirar, sentir o sol na pele, amar e ser amado – todos esses pequenos milagres que antes passavam despercebidos, agora se tornaram a base da minha felicidade. A efemeridade da vida, antes assustadora, agora me impulsiona a viver cada momento com intensidade, a buscar a alegria nas coisas simples: o sorriso de alguém querido, o aroma do café, a natureza exuberante.
A felicidade não é um destino distante, mas uma jornada que se percorre um passo de cada vez. É preciso cultivar a gratidão, reconhecer a dádiva de estar vivo e celebrar cada novo dia. A verdadeira riqueza não reside em bens materiais, mas na capacidade de apreciar e valorizar o que realmente importa: a vida, o amor, a conexão humana.
E essa jornada não precisa ser solitária. Compartilhar momentos, sorrisos e até mesmo as dificuldades com quem amamos torna a vida mais leve e significativa. Criar memórias, aprender com os erros e celebrar as conquistas, juntos, é construir um legado de amor e felicidade que transcende a nossa própria existência.
Portanto, abracemos a dádiva da vida com entusiasmo e gratidão. Que cada novo dia seja uma oportunidade de encontrar alegria nas pequenas coisas, de amar profundamente e viver com propósito. Afinal, a felicidade não é um destino, mas a própria jornada.
E que essa jornada seja repleta de gentileza! Gentileza com o próximo, espalhando sorrisos e oferecendo ajuda a quem precisa. Gentileza consigo mesmo, silenciando a autocrítica e cultivando o amor próprio.
A vida é um presente, e cada dia é uma nova página em branco esperando para ser escrita com as cores da felicidade, gratidão e amor. Que escolhamos viver cada instante com a consciência de que a verdadeira riqueza reside na beleza do agora.
Que possamos, a cada amanhecer, lembrar da dádiva que é respirar, amar e simplesmente ser. E que essa consciência nos impulsione a viver com mais leveza, gratidão e amor, construindo um presente mais feliz e um futuro repleto de significado.
Padre Carlos