Desde que as chuvas se despediram entre março e abril, a Embasa tem enfrentado uma guerra silenciosa e monumental em Vitória da Conquista. A missão? Resgatar o Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) da cidade, severamente danificado. Em um esforço colossal, equipes têm atuado incansavelmente na Lagoa das Bateias, retirando toneladas de resíduos sólidos que obstruíam as tubulações da rede coletora.
A extensão de 1.300 metros de rede, que serve os bairros Bateias I e II, Zabelê e parte do Ibirapuera, estava completamente obstruída. Resíduos como areia, pedras, cerâmica, pedaços de asfalto e vegetação entupiam a passagem do esgoto, forçando um esforço hercúleo para desobstruir cerca de 45 metros cúbicos de material. Essa intervenção emergencial foi apenas o começo.
Desde o início de julho, uma empresa especializada foi contratada para realizar a inspeção e limpeza contínua de nove quilômetros da rede coletora, focando no bairro Santa Cruz, adjacente à lagoa. Com um investimento de R$ 270 mil, o serviço de hidrojateamento está em andamento, visando a manutenção integral do sistema por seis meses.
Manoel Marques, gerente regional da Embasa, destaca o empenho da empresa: “Estamos com uma grande força-tarefa para identificar e corrigir os pontos problemáticos, restabelecendo o funcionamento do sistema coletor. A Embasa também está contribuindo para que este importante equipamento público possa atender a população da cidade.”
Este cenário expõe um desafio maior do que apenas a limpeza física: é um alerta para a responsabilidade ambiental coletiva. O descuido e a disposição inadequada de resíduos sólidos refletem diretamente na qualidade de vida urbana. A atuação da Embasa vai além de uma simples correção de falhas; é uma verdadeira batalha contra o descaso ambiental.
Ao remover quatro caçambas de lixo das tubulações, a Embasa não apenas desobstrui a rede coletora, mas também levanta questões cruciais sobre sustentabilidade e a necessidade de uma conscientização mais profunda da população. A batalha contra o lixo invisível é contínua, e a participação ativa dos cidadãos é essencial para garantir que os esforços não sejam em vão.