Na última quinta-feira (25), um episódio alarmante de racismo abalou a zona oeste de Vitória da Conquista. Filipe Costa, um respeitado professor de uma academia local, foi alvo de graves ofensas raciais, conforme relatou em uma entrevista ao Bahia Meio-Dia, da TV Sudoeste.
O incidente ocorreu nas primeiras horas da manhã, quando Filipe chegou à academia e foi chamado por alunos desesperados. “Eles disseram: ‘Lipe, corre aqui que tem uma mulher dizendo que não gosta de você, porque você é um preto sujo. Vem aqui pra você ver.’ Quando eu cheguei lá tava aquele desespero, algumas pessoas chorando, outras gritando, e ela dizendo que ‘não gostava nem de preto, nem de viado”, relatou Filipe, visivelmente abalado.
O treinador, que não conhecia a agressora, registrou um boletim de ocorrência por injúria racial no Distrito de Segurança Pública. Este não é o primeiro episódio de racismo que Filipe enfrenta em sua vida pessoal. Há cerca de dois meses, seu filho foi chamado de “macaco” por uma colega de escola, evidenciando um padrão perturbador de discriminação que a família enfrenta.
A academia, por sua vez, emitiu uma declaração afirmando que não compactua com atos de racismo, mas não detalhou quais medidas serão tomadas contra a agressora. A família da mulher alegou que o motivo da agressão não foi injúria racial, uma defesa que parece desconsiderar a gravidade dos insultos proferidos.
Este episódio ressalta a urgente necessidade de ações concretas contra o racismo e a intolerância em todos os setores da sociedade. A comunidade de Vitória da Conquista está em estado de choque e exige justiça para Filipe Costa e todos aqueles que sofrem com a discriminação racial diariamente.
Este incidente é um triste lembrete de que o racismo continua a ser uma realidade dolorosa e prevalente, e que é fundamental confrontar e combater essa injustiça em todas as suas formas.
