Política e Resenha

Justiça Reage: A Responsabilidade de Viviane e a Defesa de Sheila Lemos

 

 

 

A política muitas vezes se assemelha a um jogo de xadrez, onde cada movimento é calculado para enfraquecer o adversário e conquistar terreno. No entanto, há limites éticos que, quando ultrapassados, comprometem a integridade do processo democrático. Um exemplo recente em Vitória da Conquista é o comportamento da vereadora Viviane, que divulgou em suas redes sociais que a prefeita Sheila Lemos estaria inelegível, mesmo sabendo que a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda não havia sido proferida e que o caso está longe de ser definitivo.

A desinformação promovida por Viviane é, no mínimo, preocupante pela gravidade. Não apenas omitiu o fato de que a prefeita Sheila Lemos tem o direito de recorrer a duas outras instâncias – o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, se necessário, ao Supremo Tribunal Federal (STF) – como também divulgou uma narrativa que não condiz com a realidade jurídica do processo. Essa ação tem como único objetivo confundir a opinião pública e criar uma percepção distorcida da situação política atual.

O impacto desse tipo de comportamento vai além da arena política. Ao propagar informações que não condiz com a verdade ou incompletas, a vereadora desrespeita não apenas a prefeita, mas também os eleitores, que merecem uma análise completa dos fatos e das possibilidades legais envolvidas. Isso enfraquece a confiança nas instituições e cria um ambiente de desinformação, prejudicando o debate democrático.

A decisão da Justiça em determinar que Viviane retire a publicação, sob pena de multa diária de R$ 20 mil, foi uma medida acertada e necessária. Em tempos onde as redes sociais são ferramentas poderosas de comunicação, é fundamental que os representantes políticos, mais do que ninguém, tenham certeza no que dizem e divulgam. A desinformação pode ser tão perigosa quanto a corrupção ou a má gestão, pois mina a confiança da população na verdade e nas instituições.

Além disso, é importante ressaltar que a situação de Sheila Lemos ainda está longe de ser definida. O fato de haver outras instâncias judiciais para recorrer demonstra que o processo democrático está em andamento e que a justiça brasileira respeita o direito de defesa e o devido processo legal. Antecipar julgamentos ou tentar manipular a opinião pública com falsas alegações é uma tática política que deve ser repudiada.

A atitude da vereadora Viviane reflete o desespero da oposição, que, ao ver seus argumentos enfraquecidos no debate eleitoral, recorre à criação de narrativas enganosas. Contudo, a democracia exige mais do que isso. Exige verdade, transparência e respeito pelas regras do jogo. A população conquistense merece um debate eleitoral sério, focado nas propostas e na verdade, não em ataques pessoais ou informações distorcidas.

Vivemos em uma era onde a verdade pode ser facilmente manipulada, e é exatamente por isso que precisamos ser mais vigilantes em relação à desinformação. A oposição tem o direito de criticar, questionar e até mesmo judicializar temas relevantes, mas isso deve ser feito de maneira ética e responsável. Ao tentar criar uma  narrativa sobre a inelegibilidade de Sheila Lemos, Viviane não apenas falha em sua missão de fiscalizar o Executivo, mas também trai a confiança de seus próprios eleitores.

No fim, a verdade prevalece. Sheila Lemos tem o direito de recorrer e, até que todas as instâncias sejam esgotadas, qualquer afirmação de inelegibilidade é prematura. A Justiça já deu seu primeiro passo ao exigir a retirada da publicação, e espera-se que a população também dê o seu ao rejeitar esse tipo de política baseada na distorção dos fatos. Afinal, em uma democracia, a verdade é o maior patrimônio que temos.