Política e Resenha

A Articulação Começou: Os Nomes e os Bastidores para 2026

 

 

 

 

Mal encerram-se as eleições municipais, e a política baiana já se agita com as costuras para o pleito estadual de 2026. A recente coluna que aponta uma possível chapa com Bruno Reis ao governo, Sheila Lemos como vice, e ACM Neto e Zé Cocá disputando o Senado, traz não apenas nomes fortes à mesa, mas também um cenário de rearranjos políticos que promete mexer com as bases dos principais partidos no estado.

Essa formação, se confirmada, seria uma demonstração clara de força e estratégia. Bruno Reis, prefeito de Salvador, tem consolidado sua liderança com uma gestão voltada para a infraestrutura e para programas sociais, fatores que o tornam um nome competitivo para o governo estadual. Já Sheila Lemos, prefeita de Vitória da Conquista, desponta como uma figura política em ascensão, com um perfil de gestora técnica que equilibra carisma e competência. Sua inclusão na chapa amplia o alcance político, contemplando uma importante base eleitoral do sudoeste baiano.

No campo do Senado, ACM Neto e Zé Cocá representam duas forças políticas com perfis distintos, mas complementares. Neto, com sua experiência e renome, se apresenta como um articulador de bastidores, enquanto Zé Cocá, presidente da UPB, reforça a conexão com as demandas do interior. A disputa por essas vagas tende a ser acirrada, considerando o peso político e histórico das figuras envolvidas.

Os desafios e os cenários

Essa articulação, entretanto, não ocorre em um vácuo. O grupo de Jerônimo Rodrigues (PT) e Rui Costa ainda detém uma base sólida no estado, especialmente no interior, onde programas de governo e alianças partidárias têm fortalecido o vínculo do PT com os eleitores. Além disso, nomes ligados à esquerda podem surgir como alternativas, capitalizando insatisfações ou buscando dialogar com novas pautas que venham a emergir nos próximos anos.

A disputa para 2026 será marcada não apenas pela força dos nomes, mas pela capacidade de mobilização, comunicação e construção de um projeto que dialogue com as expectativas dos baianos. Em um estado com contrastes regionais tão acentuados, ganhar as eleições exige mais do que carisma; exige um plano que atenda ao desenvolvimento econômico, à segurança pública e à inclusão social.

A importância de Sheila Lemos na equação

A inclusão de Sheila Lemos como vice pode ser um movimento estratégico para atrair eleitores do sudoeste baiano e além. Sua gestão em Vitória da Conquista tem sido marcada por um pragmatismo administrativo que contrasta com o tom ideológico que domina boa parte do debate político no estado. Com isso, Sheila agrega credibilidade técnica e aproxima o eleitor que valoriza resultados práticos.

A dobradinha com Bruno Reis também reforça uma mensagem de renovação e continuidade, ao mesmo tempo em que amplia o escopo de influência da chapa. Essa aliança sinaliza um esforço de articulação que visa superar barreiras regionais e construir uma narrativa de unidade.

O que esperar até 2026

Com a proximidade das eleições estaduais, o cenário baiano vai se intensificar. As alianças que agora estão sendo especuladas poderão se consolidar ou se desmanchar, dependendo dos interesses e pressões políticas. Nomes e projetos ainda podem emergir, e os desafios impostos pela realidade econômica e social do estado certamente moldarão o debate.

Enquanto isso, a suposta chapa com Bruno Reis, Sheila Lemos, ACM Neto e Zé Cocá demonstra que a oposição ao PT já está se movendo para unificar forças. Se conseguir manter essa unidade, pode se tornar uma alternativa viável e competitiva em um estado que, há décadas, vive a hegemonia petista.

Seja como for, uma coisa é certa: a política baiana, como sempre, promete ser palco de intensas disputas, grandes narrativas e articulações que testarão a habilidade de seus protagonistas. Que vençam os projetos que melhor dialoguem com os anseios do povo.