Na audiência pública marcada pela ANTT para o dia 8 de maio de 2025, em Vitória da Conquista, representa um momento decisivo para o futuro de toda a região sudoeste da Bahia. Esta reunião, que visa colher contribuições da sociedade para a elaboração do edital da nova concessão da Rio-Bahia (BR-116), não é apenas mais um evento burocrático – é uma plataforma de participação cidadã que pode transformar profundamente a realidade socioeconômica regional.
A BR-116, conhecida popularmente como Rio-Bahia, constitui uma das artérias mais importantes do sistema rodoviário nacional. Ela conecta o Nordeste ao Sudeste do país, funcionando como corredor essencial para o transporte de pessoas e mercadorias. Entretanto, apesar de sua importância estratégica, diversos trechos desta rodovia permanecem com pista simples, gerando gargalos logísticos, aumentando o tempo de deslocamento e, mais grave ainda, elevando os índices de acidentes fatais.
A duplicação completa deste eixo rodoviário representa muito mais que uma simples ampliação de capacidade viária. Trata-se de um projeto estruturante com potencial para catalisar uma verdadeira revolução econômica no sudoeste baiano, especialmente em Vitória da Conquista. Ao transformar a fluidez do tráfego, a obra viabilizará a atração de novos investimentos, a instalação de polos industriais e centros de distribuição, além de fortalecer as cadeias produtivas já existentes.
Os impactos positivos serão sentidos em diversas dimensões. Na esfera econômica, a duplicação reduzirá os custos logísticos, tornando as empresas locais mais competitivas e atraindo novos empreendimentos. No campo social, a geração de empregos diretos e indiretos durante e após as obras promoverá a distribuição de renda e o fortalecimento do mercado consumidor regional. Já no aspecto da segurança viária, a prevenção de acidentes representará não apenas economia para o sistema de saúde, mas principalmente a preservação de vidas humanas.
Para Vitória da Conquista, terceira maior cidade da Bahia e principal centro urbano do sudoeste do estado, a duplicação consolidará sua vocação como hub logístico e comercial. A cidade, que já desempenha papel de centralidade regional, verá sua influência e potencial de desenvolvimento ampliados significativamente. O setor de serviços, o comércio e o turismo de negócios serão diretamente beneficiados pela maior conectividade e acessibilidade.
É fundamental compreender que o modelo de concessão a ser adotado nesta nova etapa determinará o ritmo e a qualidade dos investimentos. Por isso, a participação da sociedade civil organizada, das entidades representativas dos diversos setores econômicos, das instituições de ensino e pesquisa e dos cidadãos em geral é absolutamente indispensável. A audiência pública de 8 de maio não é apenas uma oportunidade de manifestação – é um espaço de construção coletiva do futuro que desejamos para nossa região.
As contribuições da comunidade podem incluir sugestões sobre cronograma de obras, priorização de trechos críticos, soluções para mitigação de impactos ambientais, estruturação de acessos a comunidades rurais, implementação de passagens de fauna, e definição de políticas tarifárias que equilibrem a viabilidade econômica do projeto com a capacidade de pagamento dos usuários. Todas essas questões podem e devem ser abordadas durante a audiência pública.
A mobilização para este evento precisa ser ampla e representativa. Associações comerciais, federações industriais, sindicatos, universidades, movimentos sociais e gestores públicos municipais devem unir esforços para garantir que as demandas regionais sejam efetivamente contempladas no edital de concessão. A presença massiva e qualificada da população é a única forma de assegurar que o projeto atenda às reais necessidades locais e não apenas aos interesses de grupos econômicos externos.
Como bem destaca o movimento “DUPLICA SUDOESTE”, liderado por José Maria Caires, esta é uma causa que transcende filiações partidárias ou ideológicas. Trata-se de um projeto de interesse comum, capaz de unir toda a sociedade em torno de um objetivo compartilhado: o desenvolvimento sustentável e inclusivo do sudoeste baiano.
Portanto, convoco todos os cidadãos conscientes da importância histórica deste momento a comparecerem à audiência pública no dia 8 de maio, às 14h, em Vitória da Conquista. Sua voz fará diferença na construção de um futuro mais próspero para nossa região. A duplicação da Rio-Bahia é mais que uma obra viária – é um passaporte para uma nova era de desenvolvimento regional que beneficiará gerações presentes e futuras.