Política e Resenha

A Nova Liderança da OAB-Conquista: Um Resgate à Missão Institucional

 

 

 

 

Vitória da Conquista presenciou um importante momento de exercício democrático nesta terça-feira (19), com a eleição do advogado Gutemberg Macedo como presidente da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para o triênio 2025-2028. Com 727 votos válidos, Guto retorna ao comando da entidade, trazendo consigo uma proposta de renovação que dialoga com as aspirações da advocacia conquistense. Sua vice, Juliana Vaz, integra essa liderança que promete marcar um novo capítulo na história da OAB na cidade.

Ao se dirigir à imprensa, Guto resumiu o espírito de sua candidatura: “A classe quer mudança, quer resgatar a OAB para a missão que ela precisa cumprir, sem ser aparelhada por partidos políticos.” Essa declaração vai ao cerne de uma insatisfação crescente entre advogados, que enxergam na Ordem não apenas um espaço de representatividade, mas uma trincheira pela justiça, pela autonomia da profissão e pela defesa das prerrogativas.

A Vitória do Diálogo

Guto venceu Wendell Silveira, outro nome expressivo na advocacia local, que recebeu 499 votos. A disputa acirrada é um indicativo de que a classe está engajada e que o debate de ideias ganhou protagonismo. O cenário reforça que a subseção da OAB-Conquista é um reflexo das transformações e tensões que permeiam a advocacia em todo o país.

A eleição mobilizou não apenas os advogados, mas a sociedade conquistense, que reconhece o papel fundamental da Ordem na luta por direitos e garantias fundamentais. Sobretudo em tempos de polarizações e desafios institucionais, a OAB é chamada a reafirmar sua relevância como guardiã da Constituição e voz ativa nos temas de interesse público.

Desafios e Expectativas

Guto não é estranho aos desafios da presidência. Em seus dois mandatos anteriores (2010-2012 e 2013-2015), deixou uma marca de combatividade e compromisso com a classe. Contudo, os tempos mudaram, e os desafios de hoje exigem novas respostas.

A advocacia enfrenta, atualmente, questões como a valorização profissional, a sobrecarga de trabalho, o impacto da tecnologia no Direito e a defesa das prerrogativas em um cenário político e econômico incerto. Para além disso, há uma demanda clara por uma Ordem que seja menos vulnerável a interesses externos, como bem destacou o novo presidente.

A Esperança de um Recomeço

A vitória de Guto é também um recado: a advocacia conquistense quer uma OAB mais conectada às suas bases e mais distante de alianças político-partidárias. Esse desejo de mudança não é apenas local; ele ecoa em outras subseções do Brasil, onde a classe clama por uma entidade que resgate sua vocação de independência e pluralidade.

Com Guto e Juliana Vaz à frente, espera-se que a OAB-Conquista se torne uma referência em ética, representatividade e compromisso com a Justiça. O triênio 2025-2028 já começa com a promessa de que a subseção não será apenas uma espectadora, mas protagonista nos debates que moldarão o futuro do Direito na região e no país.

Vitória da Conquista merece uma advocacia forte, e a advocacia merece uma OAB à altura de sua missão. Guto e sua equipe têm, agora, a oportunidade de transformar essa expectativa em realidade. Que seja um tempo de reconstrução e avanços.